terça-feira, 9 de setembro de 2014

A VIAGEM DOS GERBER


Em 31 de outubro de 1857, a família Gerber saía de Hamburgo na Alemanha rumo a colônia Dona Francisca (Joinville) no Brasil, a bordo do navio Emma. 

Viajaram o pai Carl August com 37 anos, a mulher Sophie com 44 anos de idade no final da gravidez, os meninos Carl com 11 anos, Johann Friedrich com 10 anos e Ferdinand com 6 anos e a jovem enteada Johanne Louise Brietzig com 21 anos de idade, veja aqui.

Comparando-se com as demais travessias transatlânticas, a dos Gerber foi relativamente rápida e tranquila, durou 49 dias, segundo o capitão. Segundo os dados do desembarque, a viagem teria durado 73 dias (a confirmar).

A família chegou a colônia dia 12 de janeiro de 1858 e desembarcou dia 13, no porto da cidade de São Francisco do Sul.


O capitão do navio, senhor Friedrichsen, em 1893 escreveu uma carta ao jornal joinvillense “Kolonie Zeitung” onde disse que :
“Esta foi, entre as minhas viagens, a mais inesquecível porque todos eram dos melhores e mais bravos passageiros; quantos dias alegres e divertidos convivemos sobre o oceano naquele período! Após 49 dias de viagem, chegamos em 12 de janeiro de 1858 no Rio de São Francisco, após uma viagem bem-sucedida. Após me despedir dos passageiros com fortes apertos de mãos, e desejar a todos uma boa sorte na nova caminhada, que a eles todos o futuro reservasse o melhor, e que todos os seus desejos e esperanças fossem alcançados na nova pátria, e em muito mais do que haveriam por desejar, vi meus queridos passageiros, os novos colonizadores, partindo rio acima em direção a Colônia.” (Böbel, pg.239)
O navio ancorava no porto da cidade de São Francisco do Sul (foto acima), os imigrantes iam de bote até a região da colônia Dona Francisca, rio acima (foto abaixo),
"... Depois da chegada no Porto de São Francisco, os imigrantes, inclusive suas bagagens, são transferidos para Joinville, por barcos da Colônia, sem custo algum. A "direção da Colônia se responsabiliza pelo transporte de toda a bagagem - desde que esta seja registrada nos documentos - do navio até o armazém de carga de Joinville. Lá, será guardada até que os proprietários venham buscá-la. Durante os primeiros quatro dias, os imigrantes receberão alimentação (ilegível no original) nos restaurantes locais e hospedagem livre nas casas de recepcão pelo menos durante os primeiros três meses. Durante um ano receberão atendimento médico gratuito e em caso de necessidade, internação e atendimento em hospital, mesmo não tendo recursos para tal... "
  Da Pasta Documentos Alemães do Arquivo de Joinville, daqui



Porto de Joinville no final do séc. XIX, no rio Cachoeira. Essa e outras fotos, daqui.

Böbel, Maria Teresa - Joinville - os pioneiros: documento e história, Joinville, Univille

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