Preste atenção no gráfico acima, na bisavó da minha bisavó Agnesa Siggia Capozzi. Ela é Angela Salsedo, nascida, criada e falecida na ilha de Pantelleria.
O texto abaixo (em marrom) foi tirado de uma página online da família Salsedo, daqui, que não cita as fontes. Encontrei algumas das informações dessa página no livro de D'Aietti, aqui (parte). A tradução é aproximada (lógico, eu e o googletranslator fizemos !!). O texto é interessante, porém parte parece inverossímil e parte carece de confirmação documental. Divirta-se !!
"Em 1361, Pantelleria foi cedida pela coroa do Reino da Sicília ao Admiral (Almirante) Emanuele Doria de origem genovesa, em pagamento de uma dívida. A recompra dos genoveses foi em 1406 pelo rei Martin (rei Martin I de Aragão). Em 1421 uma nova cessão do feudo, desta vez para o comandante Francesco De Belvis. Seus descendentes a repassaram a Don Luigi Requiesenz, que assumiu pela primeira vez o título de "Príncipe de Pantelleria".Realmente, Pantelleria, como todo o sul da Itália, teve domínio espanhol por um longo periodo.
"O cavaleiro Don Giovanni Salcedo, Conde Salsedo, era de nobre família de antiga origem espanhola de Baeza, Andaluzia ... Giovanni Salcedo e seu irmão Diego Salcedo deixaram seu castelo (em Baeza) e seguiram com Cristovão Colombo, juntamente com suas caravelas cerca de 1530, para conquistar as novas terras espanholas".
Cristovão Colombo teve, sim, um pajem de nome Salcedo, que esteve na primeira viagem à América, na caravela Santa Maria, mas em 1492, veja aqui. Cristovão Colombo era nascido em 1450 em Gênova e faleceu em 20 de maio de 1506 em Valladolid, Espanha. Em 1530 já tinha deixado há muito de fazer viagens ....
"Giovanni Salsedo chegou à costa da ilha de Pantelleria situada entre a Tunísia e a Sicília. Casou e teve filhos. Tornado-se rapidamente uma célebre família local. Em 1550, no auge das incursões turcas no Mediterrâneo, Giovanni Salsedo recebeu, pelo príncipe feudal de Requiesenz, a qualificação de castelão da cidade de Pantelleria e de grande capitão das milícias locais, com a tarefa de proteger a ilha."
"Foi sob o governo do barão Don Giovanni Salsedo que Pantelleria se encontrou a frente de uma das invasões bárbaras de ferocidade sem precedentes entre as que foram relatadas na ilha"..
"No batismo de fogo da milícia feudal, composta na sua maioria por ilhéus, ele (Don Giovanni) deu prova de grande valor, lutando com coragem e determinação, apesar da escassez e idade da artilharia e do estado deplorável das fortificações do castelo, combinada com uma superioridade numérica esmagadora dos piratas turcos. Esta situação foi a origem da posterior intervenção do Imperador Carlos V de Espanha que declarou Pantelleria fronteira armada frente ao inimigo e rapidamente promoveu a reparação do castelo, para equipá-lo com artilharia eficiente e substituindo a milícia local por uma guarnição de infantaria permanente de origem espanhola, de quem descende a maioria das famílias pantescas atuais." (grifo meu)
Fortaleza e Castelo Barbacane, mais informações e foto aqui.
"Por volta de meados de 1500, no auge das incursões turcas no Mediterrâneo, foi castelão da ilha de Pantelleria, localizada entre a Tunísia e a Sicília, Don Giovanni Salsedo, de antiga e nobre família de origem espanhola, e grande capitão da milícia local durante o período do senhor feudal Barão Giuseppe de Requesens, de Palermo, filho de Bernardo de Requesens. Os Requesens conseguiram o título de Príncipe de Pantelleria concedido pelo Rei de Espanha, Filipe III no ano de 1620."
"Um primeiro ataque teve lugar no ano de 1550, quando uma frota turca sob o comando do grande almirante Sinan, apareceu na costa da ilha e atacou o Castelo do mar ... A milícia de Pantelleria, liderada por Salsedo, o defendeu obstinadamente por três dias e três noites... o fogo concentrado dos navios turcos, atracados no mar em frente ao Castelo, conseguiu abrir uma brecha nas muralhas da fortificação. Houve um assalto generalizado, mas Salsedo com diplomacia negociou com Sinan e os saques foram limitados"
Sinan Reis foi um judeu sefardita que fugiu da Espanha em direção ao Império Otomano (Smyrna), onde se tornou corsário. Era conhecido como o "Grande Judeu". Foi um dos comandantes do corsário otomano Barbarossa. Teve seu filho raptado e batizado por Carlos V e depois recuperado por Barbarossa. Leia aqui e aqui.
Abaixo a Batalha de Preveza, na costa grega, 1538, entre corsários otomanos e aliados cristãos, onde a participação de Sinan Reis foi fundamental para a vitória otomana. Quadro de Ohannes Umed Behzad, 1866, acervo do Museu Naval de Istambul.
A segunda incursão bárbara à ilha de Pantelleria, será tema do próximo artigo. Esse texto também se encontra aqui, mas sem a parte do Colombo e de Baeza-Espanha.
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