sexta-feira, 29 de junho de 2012

FILHOS DE FRIEDRIKE BEHRINGER E TREUHARDT MÄNNCHEN

Data do batismo: 29/11/1863
Nome da criança batizada: Christine
Data e lugar de nascimento: 20/10 Santa Isabel
Nome, profissão e domicílio dos pais: Dreiard Mönchen e Friedrica geb. Böhringer
Nome, domicílio e confissão das testemunhas do batismo: Louis Müller, Hulda Mönchen
Observações: nada consta
Assinatura do oficiante: Pastor Wagner

Data do batismo: 29/04/1866
Nome da criança: Heinrich
Data e lugar de nascimento: 30/03 Segunda Linha
Nome, profissão e domicílio dos pais: Dreuchart Mönchen e Friedrika Böhring
Nome, domicílio e confissão das testemunhas do batismo: Karl Mönchen, Michael Bäring e Elisabetha Bäring
Observações: nada consta
Assinatura do oficiante: Pastor Tischhauser

Data do batismo: 27/09/1868
Nome da criança: Friedrika Auguste Abertine
Data e lugar de nascimento: 22/08 Santa isabel
Nome, profissão e domicílio dos pais: Dreihard Mönnchen e Friedrika Bäringer
Nome, profissão e confissão das testemunhas do batismo: Albert Männchen, Raimund Jacobi, Laura Weiss, Friedrika Ullmann
Observações: nada consta
Assinatura do oficiante: Pastor Tischhauser

Fonte: Livro da Igreja Luterana de Santa Isabel – Águas Mornas-SC

Data de Nascimento: 19/04/1873 
SOBRENOME, Nome: MÄNNCHEN, 1 Tochter 
Origem: unteren Fluss Descrição: MAENNCHEN, 1 Tochter 
Nasceu em 19 de abril de 1873 em unteren Fluss Filha de Treuhard MÄNNCHEN e Friedrike geb. Bähringer 
Padrinhos: Henriette Beckmann, Anna Zimmermann, Emilie Boettger e Carl Jacobi

Data de Nascimento: 08/03/1875 
Data de Falecimento: 27/03/1875 
SOBRENOME, Nome: MÄNNCHEN, 1 filho 
Origem: Gaspar 
MAENNCHEN, 1 filho falecido prematuramente em 27 de março de 1875
Nasceu em 8 de março de 1875 em Gaspar  Filha de Treuhard MÄNNCHEN e Friedrike geb. Bähringer

Data de Nascimento: 29/09/1876
SOBRENOME, Nome: MÄNNCHEN, Robert Friedrich Eduard
Origem: Gaspar
MÄNNCHEN, Robert Friedrich Eduard
Nasceu em 29 de setembro de 1876 em Gaspar
Filha de Treuhard MÄNNCHEN e Friedrike geb. Bähringer
Padrinhos: Eduard Hannemann, Friedrich Ullmann, Lina Wolfram e Luis Jacobi

Data de Nascimento: 05/07/1878
SOBRENOME, Nome: MÄNNCHEN, Albert August Heinrich
Origem: Gaspar
MAENNCHEN, Albert August Heinrich
Nasceu em 5 de julho de 1878 em Gaspar
Filho de Treuhard MÄNNCHEN e Friedrike geb. Bähringer
Padrinhos: Heinrich Wolfram, August Uhlmann e Thecla Jacobi

Data de Nascimento: 08/04/1886
SOBRENOME, Nome: MÄNNCHEN, Minna Clara
Origem: Gaspar - Baixo
MAENNCHEN, Minna Clara
Nasceu em 8 de abril de 1886 em Gaspar – Baixo
Filha de Treuhard MÄNNCHEN e Friedrike geb. Bähringer
Padrinhos: Christian Jacobi e Clara Jacobi

Data de Nascimento: 10/06/1889
SOBRENOME, Nome: MÄNNCHEN, Emilie Marie Henriette Katharina
Origem: Belchior
MAENNCHEN, Emilie Marie Henriette Katharina
Nasceu em 10 de junho de 1889 em Belchior
Filha de Treuhard MÄNNCHEN e Friedrike geb. Bähringer
Padrinhos: Emilie Boettger, Marie Janning, Katharina Wolfram e Heinrich Hahnemann

Fonte: Arquivo Público de Blumenau

CASAMENTO DOS FILHOS DE WILHELM BEHRINGER


Os filhos de Wilhelm Behringer vieram todos solteiros de Wallichen junto com o pai. Os quatro mais velhos, Elizabeth, Marie Louise, Friedrike e Theodor casaram na Fazenda Santa Justa no Rio de Janeiro, em cerimônia realizada pelo pastor da igreja luterana de Petrópolis-RJ.

Ernestine Leonore Elizabeth casou com Heinrich Friedrich Julius Uhlmann
Data: 23 de maio de 1856, Petrópolis, RJ
Fonte: Livro da Igreja Luterana de Petrópolis, RJ, Matrimônios, 1856, reg. n° 68 (microfilme 2244003 SUD)

Marie Louise casou com Raimund Jacobi

Friedrike casou com Treuhardt Männchen

Theodor casou com Leonor Bergmann

Leonor Bergmann                                           Theodor Behringer

o filho caçula, Michael casou na colônia Santa Isabel - SC, conforme segue abaixo:

Dia e Lugar do Casamento: 14/09/1867
Nome e Domicílio do Noivo: Johann Heinrich Michael Behringer, Santa Isabel
Idade e Local de Nascimento do Noivo: 24 anos
Nome e Domicílio dos Pais do Noivo: Wilhelm Behringer e Maria Hudeln
Nome e Domícilio dos Pais da Noiva: Heinrich Berlin e Katharina Sessendorf
Idade e Local de Nascimento da Noiva: 18 anos
Nome e Domicílio da Noiva: Maria Sophia Berlin, Santa Isabel
Nome e Domicílio das Testemunhas: Nada consta
Observações: Nada consta
Assinatura do Oficiante: Pastor Tischhauser

Fonte : Livro da Igreja de Confissão Luterana – Santa Isabel – SC
Compilado do livro 'A Epopéia de uma Imigração' de Toni Jochem
Arquivo Luterano de Águas Mornas – SC


... e deixaram muitos descendentes !!
Primeiras famílias do Rio São Rafael,  Ibirama-SC, entre eles Krüger, Behringer e Uhlmann


Fotos gentilmente cedidas por Helmtraut Behringer.




terça-feira, 26 de junho de 2012

ÁGUAS MORNAS

Atualmente a colônia Santa Isabel é uma localidade do município de Águas Mornas-SC, localizado às margens da BR-282. O acesso é pelo lado direito da BR no sentido Lages alguns quilometros após a entrada principal do município. 

É possível visitar a região que pouco mudou desde o final do século XIX, parte da antiga estrada dos tropeiros ainda está lá e sem asfalto, os sítios com algumas casas bem antigas, a igreja luterana logo na entrada da sede. 

do folheto turístico da cidade

Ao lado da igreja luterana na sede de Santa Isabel encontra-se um Memorial ao Imigrante, onde pode-se ler o nome de todos os que viveram e trabalharam na comunidade, inclusive de Jacobi, Behringer e Uhlmann.




O mapa abaixo está disponível nos folhetos turísticos do município e ajuda na visita. Ele representa apenas o munícipio de Águas Mornas, a BR-282 vinda de São José começa na ponta da direita, a marcação com ponto verde é a sede da colônia Santa Isabel que acompanha o antigo caminho das tropas e o rio dos Bugres. 



Para visitar a Primeira Linha onde ficava o lote de Raimund Jacobi, partindo do litoral, depois de passar pela sede do município de Águas Mornas (em amarelo) entra-se a direita em direção à "colônia Santa Isabel" uma vez  na sede da colônia (marcada com ponto verde)  entra-se à esquerda na estrada dos tropeiros (Lages Weg)


Para conhecer melhor o município visite o site : http://www.aguasmornas.sc.gov.br/

sexta-feira, 22 de junho de 2012

NA COLÔNIA SANTA ISABEL - LAGES WEG - parte 3


Raimund Jacobi tinha seu lote no caminho das tropas (Lages Weg), estrada que ligava Lages (serra) a São José (litoral), conforme registro de batismo/nascimento de seu filho Albert em 1866. Essa estrada começou a ser aberta em 1787. Nela trafegavam tropas de mulas para comércio de produtos variados entre as duas cidades e adjacências.

Conta Luiz Cruz que “os tropeiros eram os homens de negócios, que compravam e vendiam. Alguns produziam em suas propriedades. Circulavam por infinitas trilhas e caminhos, subindo e descendo serras, atravessando rios e riachos. Abasteciam os povoados de novidades, de utensílios e variedades. Tinha até tropeiro joalheiro. Além de vender de tudo um pouco, em muitos lugares o tropeiro levava e trazia notícias ou mensagens. Os tropeiros circulavam de norte a sul, de leste a oeste.”


Tropeiro com sua tralha, bruacas, cofres, ...
Acervo do Museu de Artes e Ofícios de Belo Horizonte MG

Devido aos ataques indígenas a que os tropeiros estavam sujeitos foram fundadas colônias ao longo da estrada, a colônia Santa Isabel em 1847, a colônia Militar Santa Thereza (atual município de Alfredo Wagner), a colônia Angelina e finalmente colônia Teresópolis em 1860. Era um caminho bem movimentado, que possibilitava o comércio entre os colonos que produziam batatas, milho, feijão, café, algodão e os tropeiros que traziam sal, tecidos, açúcar. Ao se instalarem na colônia Santa Isabel (ponto verde no mapa abaixo), próximo ao caminho das tropas, os colonos trocavam, vendiam e compravam produtos com os tropeiros.

Alcides Goularti F° e outros

Frades franciscanos em 1891 descrevem uma tropa na Lages Weg. “Era uma tropa de mais ou menos 50 burros carregados, dos quais cada qual carregava 90 quilos. Vários desses animais pareciam bem sujos e judiados e de alguns dos quais tinha sido retirada a carga que levavam no lombo ensanguentado. O caminho para o Planalto, que tem uma altitude de 800 metros .. é terrível... O caminho é perigoso e muito penoso, passa pela mata virgem, chamada de picada, pelos altos morros. Segundo a época do ano e a situação climática, dura a viagem até o campo, como chamavam aqui as pastagens do planalto, 8 a 14 dias. Em tempos de chuvas com rios transbordando e que não podem ser atravessados, pois pontes aqui não existem na mata virgem, a viagem pode durar semanas inteiras. Pior do que as dificuldades da viagem, seriam aquelas com os índios ...”

tropeiros em Alfredo Wagner (SC)

No Brasil nos séc. XVII, XVIII e XIX parte do comércio era realizado pelas tropas de mulas que atravessavam o país com mercadorias e gado ou que seriam elas mesmas comercializadas em feiras. O mais conhecido caminho de tropas era o de Viamão-Sorocaba. As mulas vinham da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul e iam pra a feira de Sorocaba, onde eram comercializadas. Essas mulas tinham como destino final as Minas Gerais e o trabalho nas minas de ouro na região de Ouro Preto. Para isso atravessavam todo interior dos atuais estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, onde tinham alguns pousos certos e regiões de invernada, para descanso e engorda das mulas e gado. Essas paragens provocaram o nascimento e crescimento de algumas vilas no estado do Paraná na região dos Campos Gerais, cidades como Lapa, Castro, .. onde hoje existe o turismo tropeiro, com museus e restaurantes com comida tropeira, feijão tropeiro, paçoca de carne, torresmo, farinha de mandioca, …


Tropeiros - Debret
Acervo Museus Castro Maya IBRAM/Minc

Cada tropa tinha aproximadamente 50 animais algumas foram bem maiores, cada comitiva era dividida em lotes de 7 animais, com um homem cuidando de cada lote com gritos e assobios. Encabeçando a tropa ia a madrinha, mula ou égua mais antiga, líder entre os muares. Ela ia enfeitada com fitas e guizos ou cincerros. Escreveu o viajante Saint-Hilaire que “ no silêncio das matas ouvia constantemente o eco das vozes dos tropeiros e o ruído dos guizos da madrinha da tropa, mula predileta que guia fielmente a caravana, a cabeça ornada de panejamentos coloridos tendo ao alto uma pluma ou uma boneca.”

Peitoral com cincerros
Acervo do Museu de Artes e Ofícios de Belo Horizonte


Essa era a algazarra que Raimund Jacobi e família ouvia nas margens da Lages Weg enquanto morou na colônia Santa Isabel.


Acervo do Arquivo Público do Paraná

No mapa acima (com alterações para melhor visualização):
- no extremo sul, circundado por cor verde a cidade de Viamão, início do principal caminho de tropas que ligava o Rio Grande do Sul à grande feira da cidade de Sorocaba-SP
- a segunda cidade circundada por cor verde é Lages na serra catarinense, de lá saia o ramal para o litoral (São José), a Lages Weg em roxo
- o caminho de Viamão seguia em direção ao norte, passando por Curitibanos, Rio Negro, Lapa, Ponta Grossa, ...., Sorocaba, ...

Aqui, veja lindas fotos da antiga estrada de Lages.

Bibliografia:
http://alfredowagnertq.blogspot.com.br/
Cruz, Luiz _ Memória tropeira, in Revista de História da Biblioteca Nacional, 
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/memoria-tropeira
Goularti F°, Alcides e outros - Integrando o território catarinense: a construção da estrada de Lages,
http://www.aguasmornas.sc.gov.br/noticias/lages.pdf
Jochem, Toni Vidal - Pouso dos imgrantes - Florianópolis, Papa-livro, 1992.
Suprinyac, Carlos Eduardo _ Um meio de fazer fortuna, in Revista de História da Biblioteca Nacional
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos-revista/um-meio-de-fazer-fortuna

terça-feira, 19 de junho de 2012

NA COLÔNIA SANTA ISABEL - parte 2

As linhas coloniais de Santa Isabel eram: Primeira Linha Velha (atual sede colonial, rio dos Bugres, Santa Isabel), Primeira Linha Nova (atual Löffelscheid), Segunda Linha Velha (atual Linha Bauer), Segunda Linha Nova, Terceira Linha, Quarta Linha, Quinta Linha (atual Linha Scharf), Sexta Linha (atual Rio Antinhas).


Mapa do prof. Beat Richard - 1° linha
lote de Raimund Jacobi

Johann Jakob von Tschudi, então Ministro plenipotenciário no Brasil pelo Governo da Confederação Helvética visitou o sul do país em 1861. Um de seus objetivos era rever os imigrantes oriundos das fazendas de parceria paulistas e fluminenses, recém instalados em Santa Catarina. O relato dessa viagem foi publicado em 1866.
Uma vez na colônia Santa Isabel, von Tschudi instalou-se na residência de seu acompanhante Phillip Scheitz e em seguida visitou os colonos vindos do Rio de Janeiro. “O caminho para lá, por uma montanha muito ingreme era indiscritivelmente ruim, porém, já se estava trabalhando num novo, mais plano e mais certo”.

Chegando a Santa Isabel, von Tschudi entra em contato com os imigrantes vindos do Rio de Janeiro e conta que a eles “foi assegurada até a primeira colheita, parte em subisídios financeiros , parte em remuneração na construção da estrada. Eu encontrei estas pessoas assaz satisfeitas. Tivessem sido elas recém-chegadas da Europa, assim eu teria com certeza escutado inúmeras reclamações. Estes colonos já estavam acostumados, através de sua anterior situação de parceria, à lavoura brasileira há anos e agora viam no exemplo de seus vizinhos mais abastados, que trabalho e perseverança iriam com o tempo ser bastante. Esta convicção os estimulará nos primeiros anos de carências e dificuldades. Eles estavam muito satisfeitos em terem conseguido uma meta tão grandemente almejada, isto é, de serem donos, livres de suas terras. O solo … embora montanhoso, é muito fertil. Café e cana-de-açúcar não querem crescer mais aqui, arroz, milho, mandioca, batatas, feijão e outros dão por sua vez, excelentes colheitas... o clima é excente e aos alemães bastante propício.”

Na ocasião da visita de von Tschudi era diretor da colônia o sr. Joaquim José de Souza Corcoroca, já seu conhecido, ele escreve que “o detalhe de que o diretor Corcoroca não entendia alemão, não foi empecilho para a comunicação entre eles e os colonos, pois os últimos falavam moderadamente bem o português. Eles não tinham sobre seu diretor nenhuma queixa.”
Essa boa convivência com o diretor Sr. Corcoroca pode ser confirmada, quando em 1862 por ocasião da unificação da colônia Santa Isabel com a vizinha colônia Teresópolis os moradores da primeira firmaram um termo declarando estarem satisfeitos com a administração do Sr. Corcoroca. Assinaram esse termo em 03 de novembro de 1862, entre outros, os colonos Emílio Eger, Carl Männchen e Raimund Jacobi. Mesmo assim, após a unificação a administração da colônia passou ao Sr. Todeschini. O original do documento encontra-se no Arquivo do Estado de Santa Catarina (Florianópolis).


Mapa do prof. Beat Richard - 2° linha
lote de Wilhelm Behringer e alguns filhos

Os católicos,  apesar de serem  em  menor número,  já  haviam  construído uma capela que eventualmente recebia o padre de Santo Amaro para celebrações. Os protestantes também haviam construído uma capela de madeira na década de 1850 em terras do colono Scheidt que duas vezes por ano recebia a visita do pastor Hesse de Blumenau. Em 1860 começaram a construção de uma nova capela, desta vez com tijolos feitos de barro batido pelos pés dos próprios colonos. Em 1861, uma das reclamações que von Tschudi recebeu dos colonos era a falta de pastor e professor. “Todos os colonos .. pediram insistentemente, a fazer o melhor possível, para que o Governo lhes concedesse um pastor e um professor.” Em meados de 1861 a Colônia Santa Isabel recebeu seu primeiro pastor, Carl Wagner, pastor Wagner. A capela existiu até 1931 quando foi substituída por uma nova.


Mapa colônia Santa Isabel (original) - 3° e 4° linha

Os filhos mais velhos de Wilhelm Behringer vieram com família constituída da Fazenda Santa Justa no Rio de Janeiro, alguns já com filhos. O caçula Michael Behringer casou em Santa Isabel em 14.09.1867 e no registro de casamento consta como seus pais Wilhelm Behringer e Maria Hudeln, apesar de Wilhelm ter vindo sem a mulher da Alemanha.

Dos filhos de Wilhelm Behringer que foram para a colônia Santa Isabel,
Elisabeth Behringer e Friedrich Uhlmann tiveram um filho em 20.06.1876 em Blumenau
Friedrike Behringer e Treuhardt Mänchenn tiveram um filho em 19.04.1873 em Blumenau
Theodor Behringer e Eleonor Bergmann tiveram uma filha em 04.08.1872 em Blumenau,
Michael Behringer e Sophie Berlin tiveram uma filha em 1872 em Gaspar

Raimund Jacobi e Marie Louise Behringer tiveram mais cinco filhos em Santa Isabel, além dos dois nascidos na Fazenda Santa Justa:
em 20.11.1861 nasceu Peter Friedrich Christian,
em 05.01.1864 nasceu Marie Tekla,
em 20.04.1866 nasceu Albert Friedrich Theodor,
em 05.06.1868 nasceu Heinrich Christian Theodor,
em 06.09.1870 nasceu Laura Wilhelmine Leonore,
a oitava filha, Marie Therese Lisete, nasceu em 12.03.1873 em Blumenau. Portanto entre 1870 e 1873 Raimund Jacobi transferiu-se para Blumenau.

Em suma, entre 1872 e 1876 todos os filhos de Wilhelm Behringer haviam deixado a colônia Santa Isabel e se estabelecido em Blumenau ou Gaspar (ainda pertencente a Blumenau).

Todos os mapas acima foram cedidos pelo pesquisador José Amaro Quint. O primeiro e o segundo são partes de um  mesmo mapa que está no Arquivo do Estado de Santa Catarina (Florianópolis), o terceiro é parte de um mapa que está na Secretaria de Agricultura de Santa Catarina,


sexta-feira, 15 de junho de 2012

NA COLÔNIA SANTA ISABEL - parte 1

Os primeiros lotes da colônia Santa Isabel (1846)  foram os localizados em Löffelscheidt e na Primeira Linha. Os recém-chegados do Rio de Janeiro (1860)  foram instalados em sua maioria na Segunda Linha (Zweite Linie) e assim sucessivamente os colonos foram sendo intalados em seis novas linhas de colonização.

O documento da fundação da igreja evangélica da Segunda Linha (Gustav-Adolf-Kirche) de 1932, conta que no início da colonização dessa linha “foi feito um galpão de madeira precário … numa picada que ia a Santa Isabel … quase intransitável no inverno, que servia de abrigo aos colonos no começo das derrubadas. Esses colonos, todos nascidos na velha pátria, além do grande mar, trabalharam como diaristas nas grandes plantações de café .. sofrendo muito sob o sol tropical, a que não estavam acostumados. Por causa desta antiga profissão deles nas fazendas de café chamavam-nos de Kaffeepflücker” (apanhador de café).”

Passada a fase do abrigo provisório, Raimund Jacobi, os Männchen, Behringer e Ulhmann se instalaram em lotes localizados em linhas distintas. A localização dos lotes pode ser vista no mapa abaixo, feito pelo Prof. Beat Richard a partir das informações deixadas pelo diretor Corcoroca e disponível no Arquivo Público do Estado de Santa Catarina em Florianópolis. Raimund Jacobi instalou-se num lote localizado aos fundos do caminho das tropas Desterro-Lages, na Primeira Linha, Wilhelm Behringer instalou-se na Segunda Linha.

do livro "A epopéia de uma imigração", de Toni Jochem
No mapa acima a longa linha que corta toda a colônia da direita para a esquerda é o antigo caminho dos tropeiros, o rio dos Bugres acompanha a estrada. Da esquerda para a direita o sentido é São José (Desterro, litoral)) para Lages (na serra catarinense). A marcação com ponto verde é a sede da colônia Santa Isabel. Na parte superior do mapa são dois os lotes em destaque, da esquerda para a direita, o primeiro da família Ulhmann, o segundo de Raimund Jacobi (azul). Na parte inferior do mapa são dois grupos de três lotes cada e mais um lote isolado em destaque. O lote isolado era de Carlos Männchen (cinza), o grupo de três lotes na parte superior eram da família Männchen, o grupo de três na parte inferior da esquerda para a direita eram respectivamente de Theodor Behringer (vermelho), Wilhelm Behringer (rosa) e Friedrich Ulhmann (verde).

Os lotes variavam de 25.000 a 275.000 braças quadradas, dependendo da acessibilidade e fertilidade do solo. A maioria possuia 75.000 braças quadradas ou seja, com aproximadamente 360.000 m², mais ou menos 200 m de frente por 1.800 m de fundos.

terça-feira, 12 de junho de 2012

DE DESTERRO À COLÔNIA SANTA ISABEL

A colônia Santa Isabel foi criada às margens do antigo caminho de tropas que ligava o litoral com a serra catarinense, caminho para Lages recém aberto, o Imperial Caminho, na confluência do Rio Bugres com o Rio Cubatão. Ela foi uma tentativa de minimizar os ataques indígenas a que estavam sujeitos os tropeiros que desciam do Planalto para vender seus produtos em Desterro (Florianópolis). Os primeiros moradores foram os colonos da colônia São Pedro de Alcântara, a primeira colônia alemã em Santa Catarina fundada em 1829. Entre 1846 e 1847 chegaram 257 pessoas mas apenas 167 se fixaram na colonia, elas eram da região de Hunsrueck, atual estado da Renânia-Palatino, na Alemanha. A distribuição dos primeiros lotes foi por sorteio, nas linhas coloniais Loeffescheidt e Primeira Linha, logo em seguida esses primeiros colonos foram abandonados a própria sorte, em terras cobertas por florestas e inabitadas, dividindo seu espaço com indígenas.

A partir de 1847 a colônia parou de receber novos imigrantes e apenas em 1860 foi feita sua regulamentação quando teve seu primeiro administrador escolhido, o sr. Joaquim José de Souza Corcoroca.

No final de 1860, conforme já citado, chegou Wilhelm Behringer e família, Theodor Behringer e esposa, Treuhardt Mänchenn e famíla, Fredrich Uhlmann e famíla, Heinrch Mänchenn e família entre outros. E maio de 1861 chegaram Raimund Jacobi e família e Friedrich Uhlmann. (ver postagem “Chegada em Santa Catarina”).

O navio em que Raimund Jacobi e Friedrich Uhlmann vieram, aportou em Desterro (Florianópolis), a chegada a Desterro por mar está descrita na viagem que o Padre Jacomo Vicenzi fez a Santa Catarina em 1902, segundo ele uma das mais belas paisagens do Brasil, essa também a visão que os Jacobi tiveram quando estavam chegando a seu novo lar.



Entrada da ilha de Santa Catarina
Acervo Museu Castro Maya IBRAM/Minc


De Desterro a família Jacobi e a família Uhlmann seguiu para a Colônia Santa Isabel, o viajante von Tschudi fez essa mesma viagem em 1861 e conta que:

De Desterro dirigiu-se à Santa Isabel por terra ... Cavalgaram até a Fortaleza de Sant'ana, (localizada sob a ponte Hercílio Luz) lá colocaram os animais numa balsa e atravessaram para o continente num bote. Do local de desembarque há um bom caminho para a cidade de São José, uma légua de distância, … às 11 horas prosseguimos viagem … a estrada é no começo bastante arenosa, depois então bastante boa até a sede de Santo Amaro, distante de São José 3 e ¾ léguas... daqui para a frente o caminho se tornará sempre pior, através de infinitas escadas de lama, ele conduz a uma montanha bastante alta (Morro de N. Senhora) para Vargem Grande até o rio Cubatão, após sempre subindo, descendo, ora mais próximo, ora mais distante do rio, de vez em quando impraticável. Esta era a estrada nova !!... Lá, onde o rio dos Bugres, procedente do norte, se une ao rio Cubatão, nós deixamos o vale principal do Cubatão e seguimos então às margens do rio dos Bugres.”



sexta-feira, 8 de junho de 2012

CHEGADA EM SANTA CATARINA

Ao fundo o cais Pharoux (cais da Pç XV), embaixo a direita Igreja São José, Rio de Janeiro, em 1865 e em 2005.
Daqui e daqui, vale o passeio !!

Cais Pharoux 1880 - Grupo FB "O Rio que não vivi"

No final do ano de 1860 foram encaminhados à Colônia Santa Isabel (SC)  alguns imigrantes que haviam trabalhado nas fazendas fluminenses no sistema de parceria. A experiência de parceria tinha se mostrado ineficaz e o governo Imperial transferiu alguns desses colonos, que viram na ida a Santa Catarina a possibilidade de se tornarem pequenos proprietários de terras.

Uma carta do advogado dr. Carlos Kornis de Totvarad publicada no jornal Correio Mercantil e Instrutivo, Político, Universal, RJ, 10/11/1860, nr. 312, p.2 (disponível na Hemeroteca Digital da BN) esclarece um pouco essa mudança. Os colonos, num primeiro momento, desejavam transferir-se para o RS, o governo imperial ofereceu o ES, eles terminaram por ir à SC. A carta também cita que todos os colonos se naturalizaram brasileiros. Para lê-la na integra, clique aqui.

Wilhelm Behringer saiu da fazenda Santa Justa com a família (ao todo 6 pessoas) em novembro de 1860, além dele e da família vieram no mesmo navio :
  • a filha Elizabeth que casou na fazenda Santa Justa com Heinrich Julius Friedrich Uhlmann e seus dois filhos
  • o filho Theodor e sua jovem mulher Leonor Bergmann, da Santa Justa
  • a filha Friedrika com o marido Heinrich Wilhelm Treuhardt Männchen (filho), da fazenda Santa Rosa
  • Heinrich Jakob Elias Männchen (pai), seu compadre, e família que vieram da fazenda Santa Rosa

Todos foram até o Rio de Janeiro, embarcaram no navio costeiro “Joinville” e chegaram na Colônia Dona Francisca (Joinville) em novembro de 1860, de lá foram encaminhados a Santa Isabel.

Lista de desembarque dos passageiros do navio Joinville (parte) no Arquivo de Joinville (lista 118) :

Vapor: Joinville
Capitão; ?
Saída; ??
Chegada: ?/11/1860
Passageiros a bordo: 314
...
BARING, Guilherme: ao todo 6 pessoas, Fazenda Santa Augusta, não constam mais dados. (CF)
BARING, Theodor: ao todo 2 pessoas, Fazenda Santa Augusta, não constam mais dados. (CF)
...
MÖNCHEN, Henriques: ao todo 5 pessoas, fazenda de Santa Rosa, não constam mais dados. (CF)
MÖNCHEN, João Ricardo: ao todo 2 pessoas, fazenda de Santa Rosa, não constam mais dados. (CF)
...
ULLMANN, Frederico: ao todo 4 pessoas, Fazenda Santa Augusta, não constam mais dados. (CF)
...

Raimund Jacobi, Marie Louise Behringer, os filhos Carl e Wilhelm, e mais compadre Johann Friedrich Uhlmann e família ficaram mais alguns meses em Santa Justa, possivelmente para terminar de pagar as dívidas, vieram para o Rio de Janeiro e instalaram-se na Hospedaria do Governo. Embarcaram em um navio costeiro e chegaram em Desterro (Florianópolis) no dia 31 de maio de 1861 indo a seguir para a colônia Santa Isabel.

Lista de desembarque de Raimund e Friedrich em Desterro:
(gentilmente cedida pelo pesquisador Nilo Monn)

Acervo do Arquivo Público de Santa Catarina

Acervo do Arquivo Público de Santa Catarina


Liste des colons qui (ilegível) l'etre transportes a la Colonia Imperial Santa Isabel Province de Santa Catharina
...

Friedrich Uhlmann  55
Margaretha           55
Theodor               26
Franz                   20
Luis                     17
Friedrike               15
Carolina               13
Raimund Jacobi      33
Louise                  31
Carl                       8
Wilhelm                  4
...
(ilegível) Director de Terras Publicas e Colonização, em 31 de maio de 1861
Confere
(ass) (ilegível)
Comte.
(ass) Bernardo Aug.to (ilegível)




terça-feira, 5 de junho de 2012

MAS, O QUE É UMA "COLÔNIA" ??


O termo “colônia de parceria” se refere mais a um sistema de trabalho, ao sistema de parceria. Os imigrantes viviam em pequenas vilas, dentro das fazendas e trabalhavam partilhando as despesas e os lucros com os proprietários.

Paralelamente a implantação das “colonias de parceria”, alguns núcleos coloniais foram sendo criados no Brasil, principalmente no sul do país. Eram núcleos criados pela iniciativa privada, pelo governo imperial e pelos governos provinciais (estaduais). De 1850 até 1889 foram criados 250 núcleos coloniais no Brasil, 197 particulares, 50 imperiais e 3 provinciais. Um desses núcleos colonias foi a Colônia Santa Isabel criada em 1845, outro foi a Colônia Blumenau de 1850, outro a Dona Francisca.


do livro de Toni Jochem, "Pouso dos Imigrantes"

em amarelo - colônia Dona Francisca (atual Joinville)
     verde    - colônia São Bento do Sul (atual São Bento do Sul)
     laranja  - colônia dr. Blumenau (atual Blumenau, entre outros)
     azul      - colônia Santa Isabel (atual Águas Mornas)

O objetivo da fundação desses núcleos coloniais seria :
  • a criação de uma classe média, pois no Brasil viviam basicamente os escravos e a elite portuguesa.
  • a valorização do trabalho braçal, até então considerado “coisa de escravo”
  • a criação de minifundios voltados para a policultura, para abastecimento das cidades e do exército. Até meados do séc. XIX, a agricultura no Brasil era basicamente de grandes propriedades produzindo apenas cana-de-açúcar ou café (monocultura), faltava o aipim, a salada, os grãos, a criação, ...
  • o preenchimento dos grandes vazios demográficos, o país era povoado principalmente no sudeste, nordeste e na região litorânea.

Nessas colônias, a demarcação inicial dos lotes colonias na mata virgem era feita por engenheiros e agrimensores, acompanhados de mateiros conhecedores do local. Os primeiros lotes coloniais no Brasil eram de 70 a 75 hectares, depois passaram a 50ha e mais tarde a 25ha.

Sérgio Buarque de Holanda explica que “cada colônia era formada por picadas e linhas e de uma sede que era o local destinado para a futura vila ou cidade, dividido em ruas, quadras e pequenos lotes. Os lotes dos colonos agricultores ficavam situados nas chamadas picadas, partia-se de uma linha previamente fixada, abrindo-se verticalmente a ela entre as picadas ou linhas e perpendicularmente a elas havia outras vias de comunicação, também margeadas de lotes, chamadas travessões. Os lotes podiam atravessar as picadas, as futuras estradas, ou situar-se nos dois lados . Em geral, se não houvesse falta de água os colonos erigiam suas casas com as dependências econômicas perto da futura estrada. Esse sistema de povoamento diferia essencialmente daquele que os imigrantes conheciam na Europa, onde em geral, viviam em aldeias e somente em casos excepcionais em quintas individuais.” 


Mapa da colônia Blumenau - 1864

Acervo do Arquivo de Blumenau

Compare a fotografia do Google Earth da cidade de Böhlen já postada e o mapa da colônia de Blumenau acima. Na primeira, uma típica aldeia européia, de forma ovalada, onde todos os moradores são próximos. No segundo caso, a colônia Blumenau, com grandes lotes contíguos, vizinhos afastados e região central (sede) mais ainda.

Ao contrário das “colônias de parceria” onde o proprietário das terras era o fazendeiro contratante, nos núcleos coloniais o colono era o proprietário das terras. Até 1854 esses lotes eram doados aos colonos, depois passaram a ser vendidos ou pelo governo Imperial, caso se tratasse de uma colônia imperial como Santa Isabel, ou por particulares, como por exemplo os lotes da colônia do Dr. Hermann Blumenau. Raimund Jacobi, Wilhelm Behringer e Hermann Rühe chegaram às colonias após 1854, em 1860 os dois primeiros e 1864 o último, tendo portanto que comprar seus lotes.

No caso da colônia Blumenau, por exemplo, “a medição dos lotes coloniais teria lugar nas picadas e com o número de braças preferido pelos colonos, o preço seria sempre indicado nas plantas das picadas e pagável dentro do primeiro ano, contando da entrega das terras, recebendo o colono o abatimento de 12 % se o pagamento fosse à vista ... haveria um acréscimo de 6% até dois anos, de 12 % até 3 anos, de 18 % até 4 anos.... se os colonos não dessem começo à cultura do terreno dentro de seis meses da sua aquisição e nem tivessem levantado habitação, mesmo provisória nesse prazo, perderiam o direito às terras, restituindo-se-lhes o que houvessem pago.” (SILVA, pg.75)

A DELIMITAÇÃO DOS LOTES

Era feita por colonos acompanhados de agrimensores que se embrenhavam nas matas, abrindo picadas e marcando os lotes que posteriormente seriam vendidos.

Na primeira foto abaixo vê-se um acampamento para medir e marcar lotes. São primos de Marie Tekla Jacobi (depois Rüher) na região do Rio Itajaí-açú (Ibirama).

Observe o tripé com equipamento agrimensor (teodolito) entre o sétimo e o oitavo homem da esquerda para a direita.  Todos eles empunham foices e machados. 

As duas fotos são dos últimos anos do séc. XIX (1897-1900) aproximadamente. Entre eles Alfred Wilhelm Sellin (diretor da Sociedade Colonizadora Hanseática, colônia Hansa-Harmonia, atual município de Ibirama-SC), August Behringer (4° da esquerda para direita com as duas mãos sobre o machado),  alguns Uhlmann e Krüger.



Na foto abaixo, o mesmo grupo em duas canoas, no Rio Itajaí-açú, todos armados com espingardas.



Informações e fotos gentilmente cedidas por Helmtraut Bäringer.

Assim, os colonos compravam lotes de mata virgem, geralmente acompanhando os rios locais, apenas demarcados pelas picadas, que deveriam ser desmatados e extensamente trabalhados para se tornarem produtivos. Imagine a dificuldade !!


A derrubada da mata - Acervo do Arquivo de Blumenau

Administrativamente cada colônia possuia um diretor, que era o principal responsável por ela, ele poderia ser nomeado pelo governo imperial ou provincial a quem tinha que enviar relatórios periódicos, era o caso do Sr. Cocoroca, diretor da colônia Santa Isabel. O diretor poderia ser também o próprio idealizador e empreendedor da colônia, no caso da colônia de Blumenau, o próprio Dr. Hermann Blumenau, que também precisava enviar relatórios à Corte. Subordinados ao Diretor da colônia, estavam os Inspetores de Quarteirão (comparável a um delegado ou chefe de polícia da atualidade).
Essas colônias deram origem a vários municípios de Santa Catarina. A colônia Dr. Blumenau deu origem, entre outros, aos municípios de Blumenau, Indaial, Massaranduba, Gaspar, ....

E COMO ESSA "ALEMÃOZADA" RESOLVEU VIR PARA O BRASIL ??


Os comedores de batatas, acervo do  Van Gogh Museum, Amsterdam, daqui

Várias empresas promoviam a imigração para o Brasil. No nosso caso podemos citar a "Vergueiro e Cia", do senador Vergueiro, a "Blumenau e Hackradt" do Dr. Blumenau, a "Sociedade Colonizadora de 1849 em Hamburgo" da colônia Dona Francisca (Joinville), a Sociedade Colonizadora Hanseática.

Além de comprar as terras e lotear (no caso das três últimas) as companhias de imigração também eram responsáveis por trazer os imigrantes. Eles tinham agentes de imigração, europeus ou não, que divulgavam as colônias na Europa, através de jornais, folhetos, palestras, encontros nas igrejas, etc .. 

Sobre um dos jornais de propaganda clique aqui, ou procure a atualização "Jacobi- a viagem de Raimund" de novembro de 2012.

Em períodos de vacas magras, onde a comunidade era responsável pelo sustento de seus integrantes mais pobres, estimular a imigração e livrar-se desse encargo era interessante !


livreto de divulgação da colônia Blumenau - Dr. Blumenau - 1851
Acervo Instituto Martius-Staden


A este respeito, uma pesquisa muito interessante é a de Débora B. Alves, disponível no link aqui.