Johann Jakob von Tschudi, então Ministro plenipotenciário no Brasil pelo Governo da Confederação Helvética visitou o sul do país em 1861. Um de seus objetivos era rever os imigrantes oriundos das fazendas de parceria paulistas e fluminenses, recém instalados em Santa Catarina. O relato dessa viagem foi publicado em 1866.
Uma
vez na colônia Santa Isabel, von Tschudi instalou-se na residência
de seu acompanhante Phillip Scheitz e em seguida visitou os colonos
vindos do Rio de Janeiro. “O caminho para lá, por uma montanha
muito ingreme era indiscritivelmente ruim, porém, já se estava
trabalhando num novo, mais plano e mais certo”.
Chegando
a Santa Isabel, von Tschudi entra em contato com os imigrantes vindos
do Rio de Janeiro e conta que a eles “foi assegurada até a
primeira colheita, parte em subisídios financeiros , parte em
remuneração na construção da estrada. Eu encontrei estas pessoas
assaz satisfeitas. Tivessem sido elas recém-chegadas da Europa,
assim eu teria com certeza escutado inúmeras reclamações. Estes
colonos já estavam acostumados, através de sua anterior situação
de parceria, à lavoura brasileira há anos e agora viam no exemplo
de seus vizinhos mais abastados, que trabalho e perseverança iriam
com o tempo ser bastante. Esta convicção os estimulará nos
primeiros anos de carências e dificuldades. Eles estavam muito
satisfeitos em terem conseguido uma meta tão grandemente almejada,
isto é, de serem donos, livres de suas terras. O solo … embora
montanhoso, é muito fertil. Café e cana-de-açúcar não querem
crescer mais aqui, arroz, milho, mandioca, batatas, feijão e outros
dão por sua vez, excelentes colheitas... o clima é excente e aos
alemães bastante propício.”
Na ocasião da visita de von Tschudi era diretor da colônia o sr. Joaquim José de Souza Corcoroca, já seu conhecido, ele escreve que “o detalhe de que o diretor Corcoroca não entendia alemão, não foi empecilho para a comunicação entre eles e os colonos, pois os últimos falavam moderadamente bem o português. Eles não tinham sobre seu diretor nenhuma queixa.”
Essa
boa convivência com o diretor Sr. Corcoroca pode ser confirmada,
quando em 1862 por ocasião da unificação da colônia Santa Isabel
com a vizinha colônia Teresópolis os moradores da primeira firmaram
um termo declarando estarem satisfeitos com a administração do Sr.
Corcoroca. Assinaram esse termo em 03 de novembro de 1862, entre
outros, os colonos Emílio Eger, Carl Männchen e Raimund Jacobi.
Mesmo assim, após a unificação a administração da colônia
passou ao Sr. Todeschini. O original do documento encontra-se no Arquivo do Estado de Santa Catarina (Florianópolis).
Os católicos, apesar de serem em menor número, já haviam construído uma capela que eventualmente recebia o padre de Santo Amaro para celebrações. Os protestantes também haviam construído uma capela de madeira na década de 1850 em terras do colono Scheidt que duas vezes por ano recebia a visita do pastor Hesse de Blumenau. Em 1860 começaram a construção de uma nova capela, desta vez com tijolos feitos de barro batido pelos pés dos próprios colonos. Em 1861, uma das reclamações que von Tschudi recebeu dos colonos era a falta de pastor e professor. “Todos os colonos .. pediram insistentemente, a fazer o melhor possível, para que o Governo lhes concedesse um pastor e um professor.” Em meados de 1861 a Colônia Santa Isabel recebeu seu primeiro pastor, Carl Wagner, pastor Wagner. A capela existiu até 1931 quando foi substituída por uma nova.
Mapa do prof. Beat Richard - 2° linha lote de Wilhelm Behringer e alguns filhos |
Os católicos, apesar de serem em menor número, já haviam construído uma capela que eventualmente recebia o padre de Santo Amaro para celebrações. Os protestantes também haviam construído uma capela de madeira na década de 1850 em terras do colono Scheidt que duas vezes por ano recebia a visita do pastor Hesse de Blumenau. Em 1860 começaram a construção de uma nova capela, desta vez com tijolos feitos de barro batido pelos pés dos próprios colonos. Em 1861, uma das reclamações que von Tschudi recebeu dos colonos era a falta de pastor e professor. “Todos os colonos .. pediram insistentemente, a fazer o melhor possível, para que o Governo lhes concedesse um pastor e um professor.” Em meados de 1861 a Colônia Santa Isabel recebeu seu primeiro pastor, Carl Wagner, pastor Wagner. A capela existiu até 1931 quando foi substituída por uma nova.
Mapa colônia Santa Isabel (original) - 3° e 4° linha |
Os
filhos mais velhos de Wilhelm Behringer vieram com família
constituída da Fazenda Santa Justa no Rio de Janeiro, alguns já com
filhos. O caçula Michael Behringer casou em Santa Isabel em
14.09.1867 e no registro de casamento consta como seus pais Wilhelm
Behringer e Maria Hudeln, apesar de Wilhelm ter vindo sem a mulher da
Alemanha.
Dos
filhos de Wilhelm Behringer que foram para a colônia Santa Isabel,
Elisabeth
Behringer e Friedrich Uhlmann tiveram um filho em 20.06.1876 em
Blumenau
Friedrike
Behringer e Treuhardt Mänchenn tiveram um filho em 19.04.1873 em
Blumenau
Theodor
Behringer e Eleonor Bergmann tiveram uma filha em 04.08.1872 em
Blumenau,
Michael
Behringer e Sophie Berlin tiveram uma filha em 1872 em Gaspar
Raimund
Jacobi e Marie Louise Behringer tiveram mais cinco filhos em Santa
Isabel, além dos dois nascidos na Fazenda Santa Justa:
em
20.11.1861 nasceu Peter Friedrich Christian,
em
05.01.1864 nasceu Marie Tekla,
em
20.04.1866 nasceu Albert Friedrich Theodor,
em
05.06.1868 nasceu Heinrich Christian Theodor,
em
06.09.1870 nasceu Laura Wilhelmine Leonore,
a
oitava filha, Marie Therese Lisete, nasceu em 12.03.1873 em Blumenau.
Portanto entre 1870 e 1873 Raimund Jacobi transferiu-se para
Blumenau.
Em
suma, entre 1872 e 1876 todos os filhos de Wilhelm Behringer haviam
deixado a colônia Santa Isabel e se estabelecido em Blumenau ou
Gaspar (ainda pertencente a Blumenau).
Todos os mapas acima foram cedidos pelo pesquisador José Amaro Quint. O primeiro e o segundo são partes de um mesmo mapa que está no Arquivo do Estado de Santa Catarina (Florianópolis), o terceiro é parte de um mapa que está na Secretaria de Agricultura de Santa Catarina,
Todos os mapas acima foram cedidos pelo pesquisador José Amaro Quint. O primeiro e o segundo são partes de um mesmo mapa que está no Arquivo do Estado de Santa Catarina (Florianópolis), o terceiro é parte de um mapa que está na Secretaria de Agricultura de Santa Catarina,