O irmão de Otto, Gustav Richard, meu bisavô, era charuteiro e agricultor em Santa Catarina. Otto, ao contrário, buscou uma vida urbana. No início, na lida com o couro como pai, o sapateiro Hermann, foi curtidor (declarado em seu casamento no ano de 1875). Em seguida se tornou proprietário de um armazém de secos e molhados em São Sebastião do Caí-RS. Além disso,
para melhor gerir seu negócio, na compra, venda e transporte de
mercadorias, possuia uma carreta de frete. O armazém se localizava
na rua Floriano Peixoto (antiga rua do Comércio), quase esquina com
a rua Tiradentes (antiga rua da Praia).
Rua Tiradentes, antiga rua da Praia, nos primeiros anos do século XX, daqui, onde se lê o histórico da foto.
Em 1895 participou da fundação da primeira Loja Maçônica do município.
Foi vereador na mesma cidade entre os anos de 1897 e 1900, tendo iniciado o mandato com a idade de 45 anos.
Consta que também tenha sido capitão da Guarda Nacional.
Jornal “O Correio do Município”, Montenegro, quinta-feira, 06 de junho de 1912 |
Após
o falecimento de Otto, em 1920, seus filhos Alfredo e Alípia
seguiram com o armazém no centro da cidade.
Assim que Alfredo faleceu, Alípia continuou com o armazém. E após o falecimento de Alípia, o armazém foi extinto.
Fontes:
Blog Histórias do vale do Caí, de Renato Klein, pesquise por Antonio Rühe http://www.historiasvalecai.blogspot.com.br/
Família
de Zadir Rühee, bisneto de Anton Otto (na pessoa de Rodrigo Rühee).
Martiny,
Carina - “Os seus serviços públicos estão de certo modo ligados
à prosperidade do município”, Dissertação de Mestrado,
Unisinos, 2010, disponível on-line aqui.
Martiny,
Carina – “Fortuna, bens e investimentos: a caracterização
econômica de uma elite política municipal a partir dos inventários
post-mortem (final do sec XIX)”. In: Produzindo a história a
partir de fontes primárias, Porto Alegre, CORAG, 2010, disponível on-line aqui.
Jornal
“O Correio do Município”, de Montenegro-RS, edição de 06 de
junho de 1912, disponível na Biblioteca Nacional e on-line aqui.