A família de Ernesto Capozza era de Scandale (KR), Itália, na Calábria.
Scandale >> Santa Severina = 12,7 km., Scandale >> Fota = 4,9 km.,
Scandale >> Crotone = 21 km.
Parte do mapa (maravilhoso !!!), feito após a entrada de Joseph Bonaparte na Itália, da Coleção de David Rumsey. Vale a pena perder um tempo nesse mapa, fruto de um trabalho de 20 anos, realizado entre 1788 e 1812, são 31 pranchas que juntas compõe o Reino de Nápoles, desenhadas por Rizi Zannoni. É ótimo para identificar vilas e vilarejos que atualmente foram abandonados e desapareceram.
Scandale era um feudo. Andrea Caraffa ganhou, por serviços prestados, as terras de Santa Severina mais algumas terras vizinhas, entre elas as de Scandale e San Mauro. Em 1526, morreu sem deixar filhos. Seu sobrinho Galeotto Carafa herdou a propriedade.
Scandale foi fundada pelo conde Galeotto Carafa de Santa Severina, sobre uma colina popularmente conhecida como Gaudioso.
Era uma vila pequena, em 1561 viviam nesta comunidade 25 famílias de origem albanesa e uma de origem italiana. No início era conhecida pelo nome da colina, Gaudioso, mas no final do séc. XVI já passou a ser conhecida pelo nome atual, Scandale.
Depois da morte de Galeotto Carafa, numa sucessão de leilões e arremates, a propriedade passou para Vicenzo Ruffo.
Posteriormente, os povoados de San Mauro e Scandale foram comprados por um nobre de Crotone, o Duque Carlo Sculco que em 1599 torna-se Senhor da cidade de Santa Severina. Em 1687, com a morte do Duque Domenico Sculco, as propriedades foram assumidas por Antônio Grutther.
É sob domínio de Antônio Grutther que algumas vilas se tornaram livres, coisa que os senhores feudais tentavam evitar de todas as maneiras possíveis. Nesse período o número de feudos se multiplica, sempre sob o controle de poucos Senhores, por meio de leilões de compra e venda de terras. Nasceram, assim, novas baronias ligadas sobretudo a um fundo (terras), cuja compra dava o direito de titulação. Surgiram, também, nesse período, pequenos proprietários de terra, agricultores, arrendatários e colonos que cultivavam a terra arrendada do Senhor.
Foi nessa época que surgiu a prática da parceria (meação) ou agricultura por contrato, onde uma pessoa proprietária de um fundo, terras (o concedente) e um camponês (o meeiro) decidem se unir para cultivarem juntos as terras e dividirem os lucros e os produtos da terra. Esse foi o sistema usado nas fazendas de café paulistas, para onde foram grande parte dos imigrantes italianos.
O proprietário disponibiliza a fazenda, ou seja, o terreno e as casas de colonos, enquanto o camponês (meeiro) oferece a experiência e o trabalho próprio e de sua família. Essa prática permitiu um lento desenvolvimento, sobretudo agrícola, da região, e a erradicação total do feudalismo. Essa prática continuou até os anos de 1950.
Após o fim do feudalismo, decretado por Joseph Bonaparte em 1806, quase todo o território em torno de Scandale passou para os Barões Drammis, proprietários da área ao longo do século XIX.
Em suma, o território de Santa Severina, junto com San Mauro e Scandale, pertenciam ao Ducado de Santa Severina. Abaixo uma tabela com os senhores feudais de Scandale, de acordo com documentos do Arquivo de Nápoles, (daqui):
Gaudioso - ano 1557 - Andrea Carafa
Gaudioso - ano 1616 - Giovanna Ruffo
Scandale - ano 1616 - Giovanna Ruffo
Scandale - ano 1654 - Carlo Sculco de Crotone
Scandale - ano 1656 - Andrea Sculco
Scandale - ano 1674 - Domenico Sculco
Scandale - ano 1675 - Domenico Sculco
Scandale - ano 1691 - Antonio Grutther
Era uma vila pequena, em 1561 viviam nesta comunidade 25 famílias de origem albanesa e uma de origem italiana. No início era conhecida pelo nome da colina, Gaudioso, mas no final do séc. XVI já passou a ser conhecida pelo nome atual, Scandale.
Depois da morte de Galeotto Carafa, numa sucessão de leilões e arremates, a propriedade passou para Vicenzo Ruffo.
Posteriormente, os povoados de San Mauro e Scandale foram comprados por um nobre de Crotone, o Duque Carlo Sculco que em 1599 torna-se Senhor da cidade de Santa Severina. Em 1687, com a morte do Duque Domenico Sculco, as propriedades foram assumidas por Antônio Grutther.
É sob domínio de Antônio Grutther que algumas vilas se tornaram livres, coisa que os senhores feudais tentavam evitar de todas as maneiras possíveis. Nesse período o número de feudos se multiplica, sempre sob o controle de poucos Senhores, por meio de leilões de compra e venda de terras. Nasceram, assim, novas baronias ligadas sobretudo a um fundo (terras), cuja compra dava o direito de titulação. Surgiram, também, nesse período, pequenos proprietários de terra, agricultores, arrendatários e colonos que cultivavam a terra arrendada do Senhor.
Foi nessa época que surgiu a prática da parceria (meação) ou agricultura por contrato, onde uma pessoa proprietária de um fundo, terras (o concedente) e um camponês (o meeiro) decidem se unir para cultivarem juntos as terras e dividirem os lucros e os produtos da terra. Esse foi o sistema usado nas fazendas de café paulistas, para onde foram grande parte dos imigrantes italianos.
O proprietário disponibiliza a fazenda, ou seja, o terreno e as casas de colonos, enquanto o camponês (meeiro) oferece a experiência e o trabalho próprio e de sua família. Essa prática permitiu um lento desenvolvimento, sobretudo agrícola, da região, e a erradicação total do feudalismo. Essa prática continuou até os anos de 1950.
Após o fim do feudalismo, decretado por Joseph Bonaparte em 1806, quase todo o território em torno de Scandale passou para os Barões Drammis, proprietários da área ao longo do século XIX.
Em suma, o território de Santa Severina, junto com San Mauro e Scandale, pertenciam ao Ducado de Santa Severina. Abaixo uma tabela com os senhores feudais de Scandale, de acordo com documentos do Arquivo de Nápoles, (daqui):
Gaudioso - ano 1557 - Andrea Carafa
Gaudioso - ano 1616 - Giovanna Ruffo
Scandale - ano 1616 - Giovanna Ruffo
Scandale - ano 1654 - Carlo Sculco de Crotone
Scandale - ano 1656 - Andrea Sculco
Scandale - ano 1674 - Domenico Sculco
Scandale - ano 1675 - Domenico Sculco
Scandale - ano 1691 - Antonio Grutther
Scandale, sem data, daqui |
OS PRIMEIROS DRAMMIS EM SCANDALE
O pesquisador Luigi Santoro, diz que desde o séc. XVII se encontra o sobrenome Drammis em Scandale. "O primeiro documento oficial que fala de uma ou mais famílias Drammis ... é de 1743, onde além de um Salvatore Drammis ... aparece Domenico Drammis, sacerdote de 34 anos, que reside em uma casa própria de dois quartos com os irmãos Antônio e Niccolò." Daqui.
Somente no início do séc. XIX, a família Drammis adquiriu terras nas cercanias de Scandale, sobre isso falaremos em outro artigo.
"Após a unificação da Itália em 1861, o território de Scandale era propriedade e administrado pelos Barões Drammis, Zurlo e Bellingeri que davam as terras para o povo (camponeses) cultivar e recebiam o pagamento ou em dinheiro ou em colheita. Esse sistema terminou nos anos de 1950, quando o governo italiano iniciou um programa conhecido como "Opera Valorizzacione Sila" (reforma agrária). As terras presumivelmente pertencentes aos Barões foram confiscadas e dadas ao povo que pagou ao governo em pequenas parcelas durante 30 anos. Como resultado desse programa ... cresceu uma pequena vila, chamada Corazzo, onde vivem quase 150 famílias." LincolnA baronia Drammis em Scandale:
1806 - Nicola Drammis, provavelmente o primeiro Barão
1830 - faleceu Nicola. Viva Salvatore, filho de Nicola, o novo Barão
1884 - faleceu Salvatore. Viva Nicola, filho de Salvatore, o novo Barão
1899 - faleceu Nicola. Viva Antônio, irmão de Nicola, o novo Barão
1910 - faleceu Antônio. Viva Guglielmo, filho de Antônio e meio-irmão de Ernesto, o novo Barão
Você sabia que Scandale possuía um dialeto próprio ? Leia aqui, a dissertação de Lincoln.
Fontes:
Site do município de Scandale, aqui.
Blog Storia di Scandale
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