terça-feira, 27 de maio de 2014

FERNANDES, PRIMEIRO DOS ONZE

Fernandes Robert nasceu em 25 de outubro de 1900 na cidade de Curitiba. Filho primogênito de Antonio Robert e Helena Gerber, ambos nascidos e residentes em Curitiba. Antônio, filho dos franceses Jacques Robert e Marie Louise Coste e Helena Gerber, filha dos prussianos Johann Friedrich Gerber e Albertine Bunde.

os irmãos Geraldo e Fernandes em 1903

Fernandes  começou a trabalhar na Estrada de  Ferro do Paraná aos treze anos de idade.  Provavelmente aí trabalhou até sua ida para o Exército em 1922.


1. seu pai Antônio Robert, 2. Fernandes

Em maio de 1922, aos vinte e dois anos, foi incorporado ao Exército Brasileiro como sorteado na 2ª Companhia de Pontoneiros do 5º Batalhão de Engenharia de Curitiba, onde serviu até maio de 1923, saindo como cabo serralheiro.



No verso da foto está escrito:  "Humilde recordação da caserna, 1922, 5° Batalhão de Engenharia, 2ª Companhia de Pontoneiros". Pontoneiros são os construtores de pontes. Fernandes está a direita, onde tem uma marca de caneta, não sei onde se localizava esse batalhão.

Depois da baixa no Exército, Fernandes trabalhou como torneiro mecânico em algumas empresas do ramo, como a Todeschini e a Metalúrgica Müller (localizada no prédio do atual shopping Müller).

s/data - daqui

Em setembro de 1939 cadastrou-se no Departamento Nacional do Trabalho obtendo sua Carteira Profissional, sendo  registrado por Eduardo Schinzel, posteriormente Metalúrgica Schinzel, onde terminou sua vida profissional.



Passeio em família,  ao fundo Anna Estela Rüher Robert (com lenço), Fernandes Robert, dois rapazes não identificados (o de roupa clara parece ser o irmão de Fernandes, Durval), Lourdes (filha) ao centro, do lado esquerdo,  Irene (prima de Fernandes, filha de Luiz Robert) e duas crianças (década de 40).

Mais sobre Fernandes Robert, clique aqui e aqui.

Fernandes faleceu aos 49 anos de idade, dia 12 de abril de 1950, na cidade de Curitiba, tendo sido sepultado no Cemitério Municipal da Água Verde.


terça-feira, 20 de maio de 2014

RUA SILVA JARDIM, CURITIBA

Curitiba no início do século XX. 

Antônio Robert e Helena Gerber casaram em meados do ano de 1900. Meu avô Fernandes nasceu em outubro de 1900 e foi registrado no cartório do Portão, então acredito que a família, nesta ocasião, devia morar nessa região. Morava no bairro do Portão o irmão de Helena, Fernando Gerber.

Provavelmente por volta de 1905 a família mudou para uma região mais central, na rua Silva Jardim, em alguns documentos nº 171 em outros nº 194.  Em 1909, com certeza, já estava nesse endereço, próximo à rua João Negrão, praticamente ao lado da estação ferroviária de Curitiba, local de trabalho de Antônio Robert. Como seria a região ?

Quando mudaram usavam água de poço, mas logo o abastecimento seria com água encanada.




Água encanada desde 1911, Jornal A República de 10 de outubro de 1910, daqui.

O nr. 171/194 da Silva Jardim era rodeado pelo pequeno comércio, pequenas vendas, uma padaria, casinhas de aluguel no nr. 164, um açougue no 172, um botequim no 222. E toda essa diversidade trazia alguns problemas ...

Delicioso ler uma notícia dessas:



Jornal A República de 29 de outubro de 1910.



Jornal A República de 29 de setembro de 1911.



 Jornal A República de 7 de maio de 1912.

Na edição de 07 de março de 1913, saiu na pg. 4 do jornal Diário da Tarde, o seguinte:

“O vizindario (vizinhança) queixa-se da fedentina, produzida pelos restos de bofes, buxo, tripas, o diabo, que costumam lançar nos quintais. Ora,  dentro do quadro urbano não deve ser permitido isso e nem  o (no) quintal,  numa cidade como a nossa, (não) é logar próprio para deposito e lavagem de detrictos. Além disso, o cidadão não pode, em sua casa, estar sujeito a sofrer as consequencias da falta de higiene observada em casas de outrem.”

Em 11 de abril de 1913, o Diário da Tarde publicou:

“Diversos moradores da rua Silva Jardim veem recorrer, a bem da higiene publica, ao impoluto Diário da Tarde, sempre prompto a pugnar pelos interesses da nossa bela capital e solicitar... a atenção do sr. fiscal de posturas municipais para um estabulo (tendo mais de 5 vacas) estabelecido clandestinamente, em plena rua... entre as Lamenha Lins e Brigadeiro Franco, cuja emanação pestilenta traz as narinas dos transeuntes e moradores próximos em constante sobressalto e os mosquitos sempre em festa, pois o seu proprietário não remove o estrume. Ora, sr. redactor, isto não é serio numa capital como a nossa..”

Uma tentativa de lidar com a questão do saneamento básico e urbanização numa cidade que estava crescendo. Difícil imaginar esse quadro na Silva Jardim de hoje .... tão adensada e caótica, mas nos arredores do centro da cidade, em regiões mais distantes, sim ... é possível ...



Algo me diz que o "foca" se equivocou. Não conheço nenhum Emílio Robert, você conhece ? Jornal A República de 26 de janeiro de 1914.



Jornal A República de 11 de abril de 1914



Jornal A República de 30 de outubro de 1914.



Jornal A República, 28 de dezembro de 1914.

Depois do falecimento de Antônio Robert, em 1923, a família saiu da av. Silva Jardim, não sei exatamente quando. Em 1925 a mãe de Antônio Robert, Maria Louise Coste, faleceu na av. Silva Jardim 171, veja aqui. Em 1939 a família já estava na rua cel. Dulcídio.


Foto de João Groff (detalhe), sem data, (1920-1930 ?), foto completa aqui.

av. Iguaçú, av. Silva Jardim, av. Sete de Setembro, av. Vis. Guarapuava, década de 1940, daqui

av. Silva Jardim, atualmente, daqui


rua Cel. Dulcídio, 25 de dezembro de 1941
casa de Helena Gerber Robert (direita)





terça-feira, 13 de maio de 2014

OS FILHOS DE JACQUES ROBERT - ANTÔNIO

Faltou mencionar Antônio Robert, meu bisavô, o sexto dos oito filhos de Jacques e Marie Louise, depois dele nasceram Claudina e Eugênia. 

Antônio nasceu em Curitiba dia 13 de maio de 1875, foi o segundo filho brasileiro do casal, que já estava em Curitiba há pelo menos 2 anos. Também não encontrei seu registro de nascimento, na época ainda assentamento de batismo.

Com 25 anos de idade, Antônio casou com Helena Gerber, na verdade Helene Alwine Wilhelmine Gerber, em Curitiba no dia 02 de junho de 1900, veja aqui.



Apesar do foto dos noivos não encontrei o casamento religioso dos dois na Igreja Luterana de Curitiba, tampouco em Igreja católica, penso que precisa ser feita uma pesquisa mais apurada nas igrejas católicas da região.



Antônio trabalhou por toda sua vida na estrada de ferro, parte na construção e parte nas oficinas, conforme já vimos aqui e aqui.

Geraldo, Delphina, Zulmira e Zinalda

Ele e Helena tiveram 11 filhos, a saber:

 1. Fernandes Robert casado com Anna Rüher
 2. Geraldo Robert casado com Celina Corrêa
 3. Lydia 
 4. Albertina
 5. Leonel Robert casado com Brígida Deconto Gabardo
 6. Zinalda Robert casada com Antônio Ceschin
 7. Aristides Robert casado com Isis Gabardo
 8. Delphina Robert
 9. França Robert casado com Rosa Pensak
10. Zulmira Robert casada com Aldino Gabardo e depois com Humberto Gabardo
11. Durval Robert casado com Adirce Gabardo

Lindas fotos da família de Antônio Robert, clique aqui . Aceito contribuição.

Antônio faleceu precocemente, aos 48 anos de idade, dia 14 de dezembro de 1923, vítima de um cancêr de estomago, seis meses após o nascimento de seu filho caçula Durval, veja aqui

Foi sepultado no cemitério do bairro São Francisco em Curitiba, junto com os pais, a mulher, algumas irmãs, alguns filhos e alguns netos, clique aqui.



terça-feira, 6 de maio de 2014

OS FILHOS DE JACQUES ROBERT - CLAUDINA

A oitava filha de Marie Louise e Jacques é Claudina Robert, a tia Dina. Nasceu em Curitiba em 1883, e recebeu o nome de uma irmã de Jacques Robert. Como já escrevi anteriormente, não encontrei o registro de nascimento dos filhos brasileiros de Jacques e Marie Louise, na época eram feitos na igreja, assentamento de batismo. Se você quiser me ajudar na pesquisa, clique aqui.

Claudina casou com André Legat em 20 de outubro de 1904, veja aqui.



Claudine e André tiveram cinco filhos:

1. Elvely (Kika) casada com Tucídides Castro
2. Yves casado com Odete della Giacomo
3. Lelia casada com Gastão Kubiak
4. France casado com Elza Tovar
5. Zulmira, solteira

Para ver outras fotos da família de Claudina, clique aqui. Aceito contribuição.

André Legat foi empregado ferroviário como muitos da família Robert, veja aqui. Foi testemunha no casamento dos meus avós, veja aqui. Era maçon, como o cunhado Leonard, na Loja Fraternidade Paranaense nº 0.555, veja aqui.



Claudina faleceu dia 03 de fevereiro de 1959, com 76 anos de idade. Foi sepultada no cemitério municipal do bairro São Francisco em Curitiba.

As informações sobre os filhos de Claudina e André foram pesquisadas por Ruth Ceschin.