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terça-feira, 16 de agosto de 2016

ATUALIZAÇÃO - FAMÍLIA JACOBI

Raimund Jacobi nasceu e viveu em Böhlen, Turíngia, até 1852, quando emigrou para o Brasil. Como já vimos ele veio com seu tio Friedrich Bratfisch, veja aqui.

Na Wikipedia alemã encontra-se um artigo sobre a cidade de Böhlen. Nesse artigo encontramos algumas informações interessantes sobre a vila, seus moradores e sobre o trajeto que alguns deles fizeram quando imigraram para o Brasil.
"Situação dos tecelões e emigração 
Em 1800, deveria haver um tear em quase todas as outras casas na aldeia."  

 A foto acima, "O tecelão" é daqui.
"Em torno de 1850 os tecelões sofreram  um golpe dos mais pesados. Devido à invenção de máquinas de tecelagem e à industrialização, os tecelões já não eram competitivos. Todas as famílias que viviam da tecelagem sofreram grande angústia (empobreceram). Muitos chegavam a ir a Konigsee (cerca de 15 km.) mendigar.  
Um dos  livros da igreja de Herschdorf (6 km.) traz o relato de duas crianças de Böhlen que morreram de frio no caminho de casa em Dröbischau . 
A situação precária dos tecelões os levou a furtos e roubos. Em 1848 foi criada pelos cidadãos do local a polícia voluntária. Em 1850, um caçador böhlener foi baleado por um engenheiro florestal de Gehren. 
O ano de 1850 testemunhou o auge do sofrimento dos tecelões de Böhlen . Um cidadão rico apresentou uma proposta para estimular as famílias pobres a emigrar. Ele chegou a disponibilizar 300 talers para isso. Os tecelões pobres foram recrutados para emigrar e ​​todos os custos da emigração foram reembolsados. Em geral, o custo dos 155 emigrados chegou a 1200 talers."  (*)

Foto daqui, do filme Die andere Heimat  (A outra Patria), mais sobre o filme aqui.
"O trajeto de Böhlen para Hamburgo, no dia 08 de março (de 1852) : 
às 07:00 hs. começa a viagem em Böhlen, com 4 parelhas para Möhrenbach (10 km.) 
às 08:30 hs. em  Möhrenbach - briga  
Em Möhrenbach as crianças restantes tomaram uma carroça para Gehren (3 km.) 
de Gehren  para Stadtilm (19 km.) - almoço Schweinefleisch Wurst ( lingüiça de porco ) 
Em Stadtilm as cenouras do Bacher cocheiro são lançadas no (rio) Ilm (?) 
novas parelhas em Stadtilm 
no distrito de Tannroda (17 km.), todos os bares cheios de curiosos 
de Weimar (17 km.) partem de trem para Hamburgo (mais 400 km.)"

Total: cerca de 466 k.

O mapa abaixo é daqui, em azul o rio Ilm, sublinhadas em vermelho as cidades citadas na Wikipedia, que fazem parte do trajeto de Raimund Jacobi e companheiros desde Böhlen até Hamburgo.


Mapa animado com a expansão das linhas férreas na Alemanha, clique aqui.
Estradas em Tuhringen 1848, clique aqui.

(*) Quanto aos gastos com a migração, é interessante observar que aqui lemos sobre o pagamento das dívidas dos imigrantes referente às passagens, estadia e gêneros, conforme citado nos Relatórios Provinciais de 1858, 1860 e 1861. Talvez a despesa desse rico cidadão de Böhlen refira-se ao percurso Böhlen-Hamburgo já que o restante da viagem foi custeada pelos próprios migrantes.

Raimund e seus companheiros de viagem embarcaram dia 11 de março de 1852 no porto de Hamburgo chegaram ao Brasil dia 17 de maio, 67 dias depois, veja aqui. Ele veio em busca de melhores condições de vida e em busca de terras !!

AINDA SOBRE O LOTE DE RAIMUND JACOBI EM SANTA CATARINA ....

Arbritagem de valor do lote de Raimund Jacobi, publicado no jornal "A República" de Desterro, dia 13 de setembro de 1883. Os requerimentos foram despachados e mandados publicar pelo governo da Província em 10 de setembro.


Convocação para receber o título definitivo de propriedade do lote pertencente a Raimund Jacobi, publicado no jornal "A República" de Florianópolis-SC, dia 28 de junho de 1895.  Despachado e mandado publicar pelo governo de Estado, na "Administração do cidadão engenheiro Hercílio Pedro da Luz, exepediente do dia 15":



Para ver o título de propriedade e saber mais sobre o lote de Raimund, clique aqui e aqui.







terça-feira, 5 de março de 2013

BEHRINGER, UHLMANN, JACOBI, RÜHER - FESTA !!!



Está sendo organizado o “2° Encontro da Família Behringer”.

Convidados: todos os descendentes da Johann Wilhelm Behringer, ou seja, os Behringer, Bäringer, Bäring, os Uhlmann, os Männchen, os Rüher, os Jacobi, os Krüger, os Eger, ou quem tenha tido uma mãe, avó, bisavó … com esses nomes; de Santa Catarina e adjacências, de perto ou de longe; enfim, nosso convidado especial é você.

Objetivo: aproximar, trocar informações e experiências, pura diversão e principalmente, saber do que duas pessoas e 161 anos são capazes.

Quando: dia 09 de novembro de 2013 (informações abaixo)

Onde: Pomerode em Santa Catarina

Organização do evento: Helmtraut Bäringer Pereira (Curitiba-Pr)

Informações: helmtraut@hotmail.com

Para conhecer Pomerode: pomerode.sc.gov.br
                                  vemprapomerode.com.br

NOVO DIA PARA A FESTA: 23 de novembro a partir das 18 horas
Armalwee - Restaurante Maass
Rua Concórdia, 100 - Testo Rega
Telefone: (47) 3395-1355
e-mail: restaurantemaass@hotmail.com

Na festa serão oferecidos  pratos típicos alemães como marreco recheado, eisbein e chucrute, acompanhados de boa música alemã.

Preço: R$ 28 por pessoa, bebidas e serviço (garçon) a parte
           o total deve girar em torno de R$ 35,00 reais por pessoa
           os preços ainda estão sendo negociados

Serve chopp Warsteiner e cerveja Erdinger.

Agumas  informações do restaurante aqui e aqui.

Algumas fotos da cidade, aqui.




terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

ATUALIZAÇÃO - RÜHE, RÜHEE OU RÜHER ???


Com tantas grafias diferentes, qual será a correta ?? Ou a primordial ??

A referência mais antiga a esse sobrenome que encontrei, com grafia similar ao que está sendo usado atualmente, foi no batizado do pequeno Gustav (meu bisavô), filho caçula do imigrante Johann Hermann em 1861, na Pomerânea.



Aí, o pastor escreveu "Rühee" com dois "e".

Em 1864, por ocasião da chegada da família ao Brasil, na lista de desembarque de passageiros transcrita  pelo  Arquivo Histórico de Joinville, o nome da família aparece como "Rühe" com apenas um "e".

Em 1875, por ocasião do casamento de Otto Anton, o pastor em São Leopoldo-RS, escreveu Rühee, com dois "e", E assim Otto e descendência são conhecidos até os dias de hoje.

Em 1894, por ocasião da quitação de seu lote em Blumenau, Gustav Richard assina "Rühe" com apenas um "e".



Em 1914, em seu casamento, a filha Maria, assina "Rühe" com apenas um "e",
ainda em 1914, no casamento de Richard Luis, o pastor escreveu o nome do noivo com um "e", Rühe,
também em 1914, no casamento de Wilhelm Otto, o noivo e o padrinho, seu irmão, assinaram Rühee com dois "e".

Quer mais ??

Em 1917, o filho mais velho de Gustav, casou e assinou Rüher com "r", o primeiro Rüher,
em 1924, minha avó casou e assinou Rüher, com "r",
em 1938, casou o caçula Teodoro, e assinou Rühe com um "e".

Alguma conclusão ? Nenhuma, apenas que Rüher é a mais recente e também grafia brasileira. Por fim, que eu saiba, todos os Rühe de Santa Catarina acabaram Rüher.

O certo é que os Rüher de Santa Catarina e os Rühee do Rio Grande do Sul são todos fruto e obra de   Johann Hermann Rühe, ou Rühee ou Rüher ... e Clara Louise Wendt (ou será Kolbe ????) !!




terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

ATUALIZAÇÃO - RÜHEE (RÜHER) JOHANN HERMANN E FAMÍLIA....


Relatório de Registro de Genealogia para Johann Hermann Rühee (parte)
elaborado por Pedro Almiro Fauth 
a partir de seu banco de dados pessoal
















terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

ATUALIZAÇÃO - RÜHEE (RÜHER) OTTO ANTON - parte 2

O irmão de Otto, Gustav Richard, meu bisavô, era charuteiro e agricultor em Santa Catarina. Otto, ao contrário, buscou uma vida urbana. No início, na lida com o couro como pai, o sapateiro Hermann, foi curtidor (declarado em seu casamento no ano de 1875).  Em seguida se tornou proprietário de um armazém de secos e molhados em São Sebastião do Caí-RS. Além disso, para melhor gerir seu negócio, na compra, venda e transporte de mercadorias, possuia uma carreta de frete. O armazém se localizava na rua Floriano Peixoto (antiga rua do Comércio), quase esquina com a rua Tiradentes (antiga rua da Praia).


Rua Tiradentes, antiga rua da Praia, nos primeiros anos do século XX, daqui, onde se lê o histórico da foto.

Em 1895 participou da fundação da primeira Loja Maçônica do município.

Foi vereador na mesma cidade entre os anos de 1897 e 1900, tendo iniciado o mandato com a idade de 45 anos.

Consta que também tenha sido capitão da Guarda Nacional.

Jornal “O Correio do Município”,
Montenegro, quinta-feira, 06 de junho de 1912

Após o falecimento de Otto, em 1920, seus filhos Alfredo e Alípia seguiram com o armazém no centro da cidade. Assim que Alfredo faleceu, Alípia continuou com o armazém. E após o falecimento de Alípia, o armazém foi extinto.


Mais informações sobre Otto, clique aqui.


Fontes:

Blog Histórias do vale do Caí, de Renato Klein, pesquise por Antonio Rühe http://www.historiasvalecai.blogspot.com.br/

Família de Zadir Rühee, bisneto de Anton Otto (na pessoa de Rodrigo Rühee).


Martiny, Carina - “Os seus serviços públicos estão de certo modo ligados à prosperidade do município”, Dissertação de Mestrado, Unisinos, 2010, disponível on-line aqui.

Martiny, Carina – “Fortuna, bens e investimentos: a caracterização econômica de uma elite política municipal a partir dos inventários post-mortem (final do sec XIX)”. In: Produzindo a história a partir de fontes primárias, Porto Alegre, CORAG, 2010, disponível on-line aqui.

Jornal "Fato Novo", disponível on-line aqui.

Jornal “O Correio do Município”, de Montenegro-RS, edição de 06 de junho de 1912, disponível na Biblioteca Nacional e on-line aqui.

Pedro Fauth, trisneto de Otto Anton.

Grupo yahoo de genealogia RS-Gen



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

ATUALIZAÇÃO - RÜHEE (RÜHER) - OTTO ANTON, IRMÃO DE GUSTAV

No início da década de 1970 minha mãe tomou um depoimento de sua tia Helena Rüher Gestmeier para conhecer um pouco da história da família.  Nessa conversa, ficou sabendo que um dos irmãos do pai de Helena, o tio Otto,  havia ido para o Rio Grande do Sul. Este depoimento está reproduzido aqui.

Johann Hermann Rühe (Rühee, Rüher) e sua mulher Clara Louise geb. Wendt sairam de Tempelburg, na Pomerânia com destino a Colônia  Blumenau em junho de 1864. Chegaram ao Brasil em setembro de 1864, acompanhados dos quatro filhos: Anna, Hulda, Gustav Richard (meu bisavô) e também do jovem Otto então com 13 anos de idade (portanto nascido entre setembro de 1850 e setembro de 1851).

Graças à WorldWideWeb, foi possivel conhecer um pouco mais da história de Otto Anton, a partir de informações fornecidas por seus descendentes no Rio Grande do Sul. Outras informações sobre ele, estão disponívei aqui.

Otto Anton teria nascido dia 10 de junho de 1851 e falecido dia 16 de novembro de 1920 em São Sebastião do Caí-RS, aos 69 anos de idade. Seria filho de Germano Rühee (aportuguesamento de Hermann), conforme o banco de dados do International Genealogical Index (IGI), do Family Search.

Saiu de Blumenau-SC em data não conhecida em direção a  cidade de São Leopoldo, onde se casou em 10 de abril de 1875 com a jovem Maria Júlia Matte (1857-1942).




Parte dos livros luteranos de São Leopoldo foram compilados pelo pastor Dreher e publicados em CD. No volume 3 encontra-se o assentamento do casamento de Otto Anton Rühee e Maria Júlia Matte:

"N° 7 
Otto Anton Rühee, filho legítimo do sapateiro Hermann Rühee e de sua esposa Clara, nascida Kolbe, nascido em 10 de junho de 1851, em Tempelburg na Pomerânia, solteiro, evangélico, curtidor, residente em São Leopoldo, foi casado com:
Maria Júlia Matte, filha legítima de Carl Leopold Matte e de sua esposa Louise, nascida Laufert, nascida a 1° de agosto de 1857, em Taquary, solteira, evangélica, residente em São Leopoldo, 
após feita a leitura de proclama eclesiástica a 14, 21 e 28 de março de 1875, sem que houvesse impedimentos matrimoniais, a 10 de abril de 1875, na casa de Clemens Matte.
Testemunhas: Clemens Matte e Clara Matte nascida Henn."

Informação gentilmente cedida por integrantes do grupo yahoo de genealogia RS-Gen.

Entre abril de 1875 e 1878 o casal saiu de São Leopoldo e partiu para  São Sebastião do Caí (cerca de 65 km de Porto Alegre-RS). Lá se instalou e constituiu família.




Anton Otto e Maria Júlia tiveram vários filhos:

Maria Charlote (1878-1900, casada com João Marcolino),

Antonieta (1882-1968 em Montenegro-RS, casada com Henrique Port),

João Germano (1883-1923, casado com Guilhermina Dambler), recebeu o mesmo nome do avô Johann Hermann,

Sofia Olinda Carolina (1885-1976, casada com Albano Blauth),

Alfredo Otto (1887-1962, casado com Joanna A. Mathildes Neis)

Arnaldo (1889-1898),

Amália (1892-1894),

Vitaline (1895-1958, casada com Henrique José Edvino Cloos)

Luciana Catridia (1900-1982, casada com Reinaldo Pedri),

Clarinda e

Alípia.

Todos nascidos em São Sebastião do Caí e a maioria falecida na mesma cidade.



Foto da região central de São Sebastião do Caí nos primeiros anos do séc. XX, daqui, onde se lê o histórico da foto.

Site com mapas da colônias do RS, muito bom, clique aqui.




quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

ATUALIZAÇÃO - BEHRINGER E JACOBI - FOTOS DE ÁGUAS MORNAS

Os Behringer e Jacobi  chegaram em solo brasileiro para trabalhar em fazendas fluminenses. Oito anos depois, em 1860 e 1861 respectivamente, foram transferidos para Santa Catarina, para a Colônia Santa Isabel. Atualmente essa localidade faz parte do muncípio de Águas Mornas, às margens da rodovia BR-282, conforme já visto aqui.

Nesse verão, a querida Helmtraut Behringer visitou a região e me enviou lindas fotos. Além dessas, outras podem ser visualizadas aqui.

entrada da localidade

Igreja Luterana da colônia



Memorial do Imigrante, ao lado da Igreja

detalhe do Memorial



domingo, 30 de dezembro de 2012

ATUALIZAÇÃO - RÜHER - ONDE MORAVA GUSTAV EM BLUMENAU

Quando Marie Tekla Jacobi (filha de Raimund) e Gustav Richard Rühe (filho de Johann Hermann)  se casaram, adquiriram o lote 43 com 62.500 braças quadradas, em Blumenau, no distrito de Itoupava, ribeirão de Massaranduba (marcada em verde nos mapas abaixo), e aí foram constituir família.

Para a aquisição dos lotes, além do pagamento, os colonos assinavam um termo bilingue com condições de uso, com regras para o desenvolvimento da agricultura e moradia.  

A designação do lote de Gustav, com as devidas obrigações, foi assinada em maio de 1890. O direito ao titulo definitivo em novembro de 1894. Em quatro anos e meio, a família pagou e quitou seu lote.

"Cláusula 3ª : O comprador obterá o título definitivo de propriedade definitiva do lote designado depois de ter pago integralmente a sua importância, saldado tudo quanto dever à Fazenda Nacional, e provado que, por si ou por pessoa de sua confiança, tenha tido no mesmo lote um anno, pelo menos de reisdência habitual e cultura effectiva."




Documentos disponíveis para consulta no Arquivo Público de Santa Catarina, Florianópolis.

Também os irmãos da mulher de Gustav Rüher, Tekla Jacobi, tiveram lotes em Blumenau, Carl, Wilhelm e Albert.



No mapa acima, em verde a margem esquerda do ribeirão Itoupava, distrito XIV, onde era o lote de Gustav Rühe e Marie Tekla Jacobi depois de casados.

Em azul a localização aproximada do lote de Raimund Jacobi, nas margens do ribeirão da Mulda, onde viveu Marie Tekla Jacobi enquanto solteira.

Em vermelho a localização aproximada do lote de Johann Hermann Rühe em Blumenau, na região do Encano Norte, onde viveu Gustav Richard Rühe enquanto solteiro.





sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ATUALIZAÇÃO - JACOBI - O LOTE DE RAIMUND JACOBI EM BLUMENAU

Por oito anos, Raimund Jacobi permaneceu na fazenda cafeeira fluminense Santa Justa. Em março de 1861 transferiu-se com a família para a colônia Santa Isabel em Santa Catarina. Aí ficou mais alguns anos. Antes de 1873, mudou-se novamente  com a família, desta vez para a colônia Blumenau, cerca de 150 km. ao norte.

Na colônia Blumenau, Raimund Jacobi adquiriu o lote n° 87, com 82.727 braças quadradas (400.400 m²) no ribeirão da Mulda. 
"O terreno constante da prezente medição é de ínfima qualidade visto ser muito montanhoso."






O documento acima é o Memorial de Medição do lote de Raimund, feito pelo agrimensor João Breithaupt em 8 de maio de 1884, disponível para consulta no Arquivo Público de Santa Catarina. Nessa data Raimund contava com aproximadamente 55 anos e estava há pelo menos 10 em Blumenau. A solicitação do título de propriedade definitivo foi feita em 1895, conforme visto aqui.







O dois mapas foram disponibilizados pela pesquisadora Brigite Brandenburg no grupo Yahoo SC-Gen, muito obrigada !!! O primeiro, completo, está aqui.

A numeração do lote no primeiro mapa de 1872 e a descrição do lote constante no Memorial de Medição acima de 1884 (cita confronto oeste com o ribeirão), não conferem. Pode ter acontecido alguma  modificação na numeração dos lotes neste intervalo de tempo ou algum erro do agrimensor ou meu mesmo ...

Os filhos de Raimund também viveram em Blumenau, CarlWilhelmAlbert e Tekla. A documentação existente referente aos lotes que adquiriram está disponível para consulta no Arquivo Público de Santa Catarina, Wilhelm Jacobi ainda possui a documentação de um segundo lote que está disponível para consulta no Arquivo de Blumenau.



segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

ATUALIZAÇÃO - JACOBI - COM QUEM VEIO RAIMUNDO ?

Em 1852 chegou ao Brasil, Raimund Jacobi, vindo de Böhlen, na Turíngia, para trabalhar numa das colônias de parceria fluminenses. Sempre me perguntei como teria vindo, já que por força contratual ele não poderia ter imigrado solteiro e sem família, como de fato veio. Com quem teria vindo ?




Fonte: Relatório apresentado ao Exmo.Sr.Vice-Presidente da Província do Rio de Janeiro, o Commendador João Pereira Darrigue Faro pelo Presidente o Conselheiro Luiz Pedreira do Coutto Ferraz por occasião de passar-lhe a administração da mesma Província em 03 de maio de 1852, Niterói, Typographia de Amaral e Irmão, 1852 (parte).

Junto com que família teria embarcado ?? Inicialmente suspeitei que teria sido com a família Uhlmann. Inicialmente ...

Recentemente recebi de Suzete S. Glitz, a transcrição de um documento que ela havia soliticitado ao Arquivo da Turíngia (Rudostadt). O mais interessante neste documento é que ele responde à pergunta: Com quem veio Raimundo?  Abaixo, repasso o que ela tão gentilmente enviou:


Attest

Dass an nachgenannte Einwohner zu Böhlen :
  1. Johann Heinrich Nikol Wenzel und dessen Frau und 3 Kinder auch Christian Emil und Ali Schneider.
  2. Christian Friedrich Morgenroth, dessen Ehefrau und deren 2 Kinder, auch Johann Julius Morgenroth;
  3. Christoph Nikol Eger , dessen Ehefrau und 8 Kinder;
  4. August Ferdinand Ebert , dessen Verlobte Grossmann und deren Sohn , auch Friedrich Ebert und Christian Simon Albert Knatner;
  5. Gottfried Ehrhardt , dessen Ehefrau und 5 Kinder, auch Beate Tischer;
  6. Karl Henklein und dessen Verlobte Rosenbaum und deren Kind,
  7. Johann Friedrich Uhlemann , dessen Ehefrau und 7 Kinder,
  8. Friedrich Ferdinand Bratfisch, dessen Ehefrau und 6 Kinder, auch Raymund Jakobi;
  9. Christian Wilhelm Metzger, dessen Ehefrau und 4 Kinder , auch Heinrich Georg Bergmann und Christian August Bauer;
  10. Heinrich Jakob Elias Männchen, dessen Ehefrau und 6 Kinder;
  11. Georg Nikol Wilhelm Bauer, dessen Ehefrau und 4 Kinder;
  12. Nikol Heinrich Harrass, dessen Verlobte und deren 3 Kinder
Die Reiselegitimation zur Auswanderung nach Brasilien ausgehändigt werden können, wird bescheinigt.
Königsee , de 2. März 1852
Fürstl. Schwarzb. Justiz-Amt das.(sc.selbst)

(Ass.: ilegível)
Carimbo do Fürstl.
Schw.Justiz Amt
Sign. cad.
Haben sämtl unter 1-12 aufgeführten 
Familienhäupter
Ausw.-Pässe bekommen.
Schr. (ass. Ilegível)

Negrito meu. O documento está em gótico e segundo Suzete, "trata-se, pelo visto, de um atestado passado pela competente autoridade de que as pessoas citadas receberam a legitimação para viajar ao Brasil, para o que lhe foram expedidos os passaportes de viagem aos "cabeças" de famílía (Familienhäupter)."

Ao contrário do que pensei inicialmente, ele não veio com a família Uhlmann, Raimund Jacobi veio acompanhando a família Bratfisch.



Lista de passageiros, embarque da família Bratfisch no navio Catharina no porto de Hamburgo em 1852, daqui.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

ATUALIZAÇÃO - BEHRINGER E JACOBI - A VIAGEM DE WILHELM E RAIMUND

Um dos jornais que faziam a propaganda da imigração para o Brasil, América do Norte ou Austrália era o "Allgemeine Auswanderungs Zeitung", da Turíngia, cujas edições de 1846 até 1870 estão disponíveis para consulta on-line aqui.


Quer saber como eram movimentados os portos europeus em meados do séc. XIX ???



O grifo em vermelho ressalta a partida no navio Lorenz em que viajou Wilhelm Behringer com a família. Observe que a data inicial era 25 de fevereiro de 1852, o navio acabou atrasando e partindo dia 11 de março. O porto de Hamburgo era bastante movimentado,  no dia 25 de fevereiro eram 18 navios com partidas marcadas.

Como eram as propagandas para imigração ??


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

RESUMO E BIBLIOGRAFIA


Com esta postagem encerro a divulgação da pesquisa que fiz sobre a família da minha avó materna (da mãe da minha mãe): os Rüher, os Jacobi e os Behringer de Santa Catarina. Existe muito muito mais a ser pesquisado, e conforme forem feitos os novos achados, pretendo atualizar o blog.


As novas postagens serão sobre a família do meu avô materno (do pai da minha mãe), que envolve os franceses Robert e os alemães Gerber e Bunde de Curitiba. Outra linda e emocionante história !!!

Até agora conhecemos,

Wilhelm Behringer, que  teve os filhos:
  1. Marie Louise Behringer, minha trisavó
  2. Elizabeth (casada com Friedrich Uhlmann)
  3. Friedrike (casada com Treuhardt Männchen)
  4. Theodor (casado com Leonor Bergmann)
  5. Michael (casado com Sophie Beselin ou Berlin ou Bellin)

Raimund Jacobi casou com Marie Louise Behringer em 1852 em Petrópolis e teve os filhos:
  1. Carl August Friedrich (casado com Marie Christiane Josiger)
  2. Carl Friedrich Wilhelm (casado com Emilie Ernestine Berner, Marie Sievers, Henriette Ziemer)
  3. Peter Friedrich Christian (casado com Auguste Fritske Berner)
  4. Marie Tekla (casado com Gustav Richard Rühe), minha bisavó
  5. Albert Friedrich Theodor (casado com Ottilie Baumgärtel)
  6. Heinrich Christian Theodor
  7. Laura Wilhelmine Leonore (casada com Heinrich Blank)
  8. Marie Therese Lisette

Johann Hermann Rühe casou com Clara Louise Wendt na Prússia e teve os  filhos:
  1. Anna Rühe (casada com Friedrich Krüger)
  2. Anton Otto Rühe (casado com Maria Júlia Matte)
  3. Hulda Ludowika Rühe
  4. Gustav Richard Rühe, meu bisavô

Marie Tekla Jacobi casou em 1884 em Blumenau com Gustav Richard Rühe e teve os filhos:
  1. Hermann Albert (casado com Catharina Jacobi e Beatriz Cardoso)
  2. Wilhelm Otto (casado com Thereza Denk)
  3. Richard Luis (casado com Ida Jacobi Klabunde e Maria Martins)
  4. Maria (casada com Gustavo Helbing)
  5. Emília (casada com Gumercindo de Oliveira Godoy)
  6. Helena (casada com Heinrich Gestmeier)
  7. Ricardo (solteiro)
  8. Arthur (solteiro)
  9. Anna (casada com Fernandes Robert) minha avó
  10. Theodoro Rüher (casado com Rosa Criminacio)


Anna Rüher casou em 1924 em Curitiba com Fernandes Robert e teve as filhas:
  1. Maria de Lourdes, minha mãe
  2. Dolores
Bem-vindo, Fernandes Robert !!!


BIBLIOGRAFIA

Além dos links e livros já citados, foram usados:

ALVES, Débora B. - Cartas de imigrantes como fonte para o historiador: Rio de Janeiro-Turíngia (1852-1853), disponível aqui

BÖBEL, Maria Theresa e outra – Joinville – os pioneiros: documento e história, Ed. Univille, 2001.

CARNEIRO, David - O Paraná e a Revolução Federalista,

COSTA, Emília Viotti da – Da senzala à colônia, Difusão Européia do Livro, São Paulo, 1966.

FICKER, Carlos – História de Blumenau,

HENKELS, Henry - Indíos Botocudos, os nativos indígenas da região norte catarinense, disponível aqui

HOLANDA, Sérgio Buarque – História Geral da Civilização Brasileira,


JOCHEM, Toni Vidal – Pouso dos Imigrantes, Florianópolis: Papa-livro, 1992.

JOCHEM, Toni Vidal -A epopéia de uma imigração, Ed. do autor, 1997.

KÜHL, Johann - Como me tornei um negro-branco, in Kalender für die Deutschen in Brasilien. São Leopoldo, Rotermund, 1915, pg. 343-353, tradução de Brigitte Brandenburg.

MARTINS, Ana Luiza – Império do café,

MENDES, José Sachetta Ramos – Desígnios da lei de terras: imigração, escravismo e propiedade fundiária no Brasil Imperial, Caderno CRH, vol. 22 n° 55, Salvador acessado em março 2012, disponível aqui


Prefeitura de Blumenau-Sc – www.blumenau.sc.gov.br

Relatórios de 1852, 1858, 1860 e 1861 disponíveis no site www.crl.edu.

SANTOS, Manoel R.S. Teixeira - Vida e trabalho na floresta, UFSC, disponível aqui

SEIFERTH, Giralda – Problemas de classe e gênero em narrativas de imigrantes, disponível  aquiacessado em março de 2012.

SENA, Priscila Carboneri de – Varíola e febre amarela: fontes de preocupação em Desterro, Revista Santa Catarina em História, Florianópolis, UFSC, v.1, n.1, 2008, disponível aqui acessado em abril de 2012.

SILVA, J. Ferreira da – História de Blumenau, Florianópolis: Edeme.

STOER, HERMANN – Crônica da Paróquia Santa Isabel in JOCHEM, Toni Vidal (org.) - Sesquicentenário da Colônia Alemã Santa Isabel – 1847-1997, Águas Mornas:

TSCHUDI, Johann Jakob von – As colônias de Santa Catarina, Blumenau: CNPq: Fundação Casa Dr. Blumenau, 1988.

VICENZI, Jacomo - Uma viagem ao estado de Santa Catharina em 1902, Typ. Marino, Nictheroy, 1904, disponível aqui

Pesquisadores dos grupos yahoo sc_gen e imigracaoalema, que forneceram mapas, informações, orientações para leitura, tradução de documentos, etc..,